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Ano letivo começa hoje na rede estadual

O governo do estado divulgou nesta semana novas portarias regulamentando o retorno às aulas na rede estadual de ensino. Segundo os documentos, todos os estabelecimentos de ensino com PlanCon-Edu(Plano de Contingência) homologado estão autorizados a retornar com suas atividades educacionais presenciais, evidentemente seguindo os cuidados e regras sanitárias estabelecidas, entre elas o distanciamento de 1,5 metro. Se a escola não tiver infraestrutura para manter o distanciamento entre as carteiras, o modelo híbrido ou 100% remoto deve ser adotado. 

Outro ponto abordado nas portarias é a assinatura dos pais em um termo de responsabilidade, caso optem por manter seus filhos em atividades remotas.

Sobre o transporte escolar, a portaria estabelece a autorização de até 70% da capacidade de assentos de passageiros sentados, para regiões classificadas em Risco Potencial Gravíssimo. No caso das regiões classificadas com risco potencial Grave, Alto e Moderado, 100% dos assentos poderão ser ocupados, sem a possibilidade de ter pessoas em pé. Antes de entrar no ônibus ou van, os alunos terão suas temperaturas aferidas e basculantes e janelas devem permanecer abertas para circulação do ar (exceto em dias de chuva/frio extremo). Ainda é obrigatório o uso de máscaras de proteção face shield para os motoristas.

Em relação ao uso de máscaras pelos alunos, a portaria estabelece a obrigatoriedade do uso de máscaras descartáveis ou de tecido não tecido (TNT) por alunos com idade a partir de seis anos. Bebês e crianças menores de dois anos não devem utilizar máscaras, devido ao risco de asfixia. Para crianças de três a cinco anos de idade, a utilização de máscaras é recomendada sob supervisão.

As aulas na rede estadual retornam nesta quinta-feira, dia 18, depois de onze meses de lições totalmente remotas. Para o secretário de estado de Educação, Luiz Fernando Vampiro, tudo está sendo organizado para um retorno tranquilo e seguro. “Estamos trabalhando para garantir uma retomada presencial segura e democrática, baseada em três pilares: estrutura física, de pessoal e equipamentos de proteção individual. Se em alguma escola essas três condições não forem atendidas, naquela unidade o retorno será no modelo remoto”, garante.

Entre os pais, porém, o clima não é de total confiança. Gabriela Francisco, por exemplo, tem uma filha de 4 anos de idade e não conseguia disfarçar a apreensão ao deixar a pequena na escola. “Esperamos que as escolas realmente sigam os protocolos de higiene e segurança com relação à COVID-19”, deseja. 

Já Wanessa De Fáveri não vai enviar Maria Luísa, de 11 anos, e Daniel, de 6, para a escola. Como a absorção de conteúdo foi satisfatória para a família durante a pandemia e sabendo da dificuldade deles de ficarem de máscara, ela prefere não arriscar e vai manter os dois no modelo remoto. “Ambos ficam muito ansiosos e acredito que iria dificultar o aprendizado. Não dá para dizer que o ano passado foi fácil, mas eles se esforçaram bastante e acredito que tenha sido bom. Criamos uma rotina de estudos para poder dar suporte para os dois e conciliar com o trabalho”, acrescenta.

Segundo o governo do estado, R$ 8 milhões foram investidos em EPIs para professores e para quem estudar de forma remota, pacotes de dados para acesso à internet pelo celular serão disponibilizados, com um investimento que pode chegar a R$ 900 mil por mês. Mais de 550 mil usuários, incluindo todos os professores e alunos da rede estadual, serão beneficiados.