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Hospital Regional de Araranguá, não referência para Covid-19, e quer abrir mais 6 leitos de UTI

Uma informação do médico Wladinir Luz Junior em suas redes sociais, na sexta-feira (10), data conta de que o Hospital Regional de Araranguá terá mais seis vagas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

“Notícia boa: ao que tudo indica, nesta segunda feira (13) teremos mais 06 leitos completos de UTI que estão em fase final de montagem! É para comemorar, obrigado ao IMAS e ao Governo do Estado!”

Por volta das 16 horas desta segunda-feira (13) a reportagem fez com contato com o presidente do Instituto Maria Schmitt (IMAS), Ricardo Ghellere, que atualizou esta notícia:

“Não tem recursos para liberar! Nós deixamos prontas as salas esperando que o Estado mande os equipamentos para fazer funcionar as UTIs. Não existe recurso para ser liberado para o (Hospital) Regional. Só equipamentos por parte do Estado. Se irão mandar ou não, agora, estamos recebendo a resposta hoje (13) hoje deles. Estamos aguardando o Estado nos comunicar”.

Resultado dos testes demora

No sábado, quando Post TV e Jornal Enfoque Popular publicaram a notícia sobre a morte da professora Ana Cláudia Arcenego, de Sombrio, com teste positivo para covid-19, Ghellere havia confirmado a lotação de 70 a 80% dos 10 leitos da UTI, mas apenas feito a correção de que não era possível confirmar que os casos eram todos pelo novo coronavírus.
A opinião da equipe, embora não tornada pública, era de que apenas um caso seria descartado para covid-19, embora ainda não houvesse o resultado do Laboratório Central de Saúde do Estado (LACEN). Como aumentou a demanda, a demora também aumentou.
Além do mais, uma outra dificuldade é que as pessoas fazem o primeiro exame molecular com coleta de material na garganta. Em muitos dos casos, o exame dá negativo, ou “falso negativo”. Isto porque, o vírus, em muitos casos, já está no pulmão.
Neste caso, quando o quadro respiratório é severo, é preciso fazer um segundo exame no pulmão, quando o paciente já está entubado, com auxílio do ventilador mecânico.
A constatação pode
Mesmo sem ter ainda a confirmação de que o tratamento com cloroquina é eficaz contra a o coronavírus, o Hospital Regional de Araranguá segue os protocolos do Ministério da Saúde e tem utilizado a medicação na esperança de conter o aumento da infeção.

Por que o HRA não é mais referência?

O Governo do Estado havia anunciado dia 30 de Março que o Hospital Regional de Araranguá (HRA) seria referência de atendimento exclusivo para atendimento de vítimas do coronavírus, mas voltou atrás.
A ideia é de que seriam implantados mais 20 leitos para atender pacientes da Região do Sul. O HRA possui 10 leitos de UTI e precisaria se equipar para receber os demais.
Há, no momento, mais 6 leitos à espera dos equipamentos da Secretaria de Saúde (respiradores, monitores, camas hospitalares, insumos, máscaras, aventais, luvas).
Mas, outra questão precisa ser levantada. As UTI’s funcionam a cada 24 horas com pelo menos 1 médico (a), 1 enfermeiro (a), fisioterapeuta, 5 auxiliares de enfermagem. E tudo isto tem custo, depende de aporte do Governo do Estado.
Em uma simples mudança de hábitos com a utilização de equipamentos, somente com máscaras, o custo de máscaras, que consumia R$ 1 mil reais passou para R$ 100 mil para cobrir todo o pessoal que atua no HRA.

 

31/03/2020 – HRA é hospital de referência no atendimento a casos de Covid-19, diz governador

https://post.tv.br/2020/03/31/hra-e-hospital-de-referencia-no-atendimento-a-casos-de-covid-19-diz-governador/

 

02/04/2020 – Pacientes da UTI do Hospital Regional transferidos para Amrec: medida é uma preparação para ser referência de coronavírus

https://post.tv.br/2020/04/02/pacientes-da-uti-do-hospital-regional-transferidos-para-amrec-medida-e-uma-preparacao-para-ser-referencia-de-coronavirus/

 

 

O que “melou” a referência?

A reportagem da Post TV e Jornal Enfoque Popular apurou que houve uma disputa entre Araranguá e Criciúma para ser a referência de atendimento para pacientes infectados pela covid-19. O Hospital São José pleiteou ser o hospital de referência de todo o Sul.
A estratégia do Instituto Maria Schmitt (IMAS) era de transformar o Hospital Dom Joaquim, de Sombrio, também administrado pela mesma Organização Social, em base para as demais especialidades, como ortopedia, cardiologia…. e passar a receber todos os pacientes da Amesc.
Antes disto, os secretários municiais “chiaram” pelo fato de a UTI de Araranguá ter liberado seus pacientes para Criciúma e Içara, porque os HRA é regional, e teria que atender os 15 municípios.
Ou seja, os pequenos hospitais se sentiriam na obrigação de receber os pacientes que o HRA não poderia receber enquanto estivesse exclusivo para o coronavírus. O Hospital Dom Joaquim, receberia pelos atendimentos e cirurgias que fizesse.
Esta foi a justificativa do Estado para cancelar a medida de tornar o HRA hospital de referência de todo o Sul.
A reportagem (em 02 de Abril) também havia informado que o HRA tinha condições de preparar mais 20 leitos de UTI para paciente com o novo coronavírus, e estava encaminhando esta medida.
Há outros 6 leitos de UTI neo-natal no HRA, mas que não podem ser usados para esta finalidade.
Agora, trabalha para equipar 6 novos leitos de UTI. Extraoficialmente, o valor repassado para cada 10 novos leitos, é de R$ 450 mil para os hospital. Mesmo com 6, o Estado paga por 10.

 

OUTRAS NOTÍCIAS SOBRE O HRA:

11/04/2020 – Internados na UTI, 2 são por coronavírus

https://post.tv.br/2020/04/11/ana-claudia-morre-depois-de-13-dias-internada-dos-7-internados-na-uti-2-sao-por-coronavirus/

11/04/2020 – Araranguá tem primeira morte pelo novo coronavírus

https://post.tv.br/2020/04/11/hospital-regional-de-ararangua-tem-primeira-morte-pelo-novo-coronavirus/