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A Educação na vanguarda de um novo modelo de industrialização para Araranguá

*Guilherme May – Dentista e empresário (MayBen Pharmaceutical, GC Medicamentos, Laboratórios Exame + e Franklin Odontologia).

 

Que a Educação transforma isso é fato. Portanto, quando pensamos em nossa cidade, Araranguá, um fenômeno e um sentimento de desejo vêm aos olhos e às mentes. O fenômeno se relaciona ao salto qualitativo na área de educação profissional e universitária a partir da instalação do campus da Universidade Federal de Santa Catarina e do Instituto Federal de Educação. O sentimento é como aproveitar o pool educacional e acadêmico para a criação de um novo ciclo econômico sustentável para o município.

Com sua localização geográfica privilegiada, a cidade é entrecortada pela moderna BR 101; está a caminho, de um lado, para Porto Alegre, do outro, para Florianópolis, e sua condição de terceira cidade mais populosa da região sul catarinense transformam Araranguá num importante pólo regional. Logo, verificamos aqui, também, as condições geográficas necessárias para o incremento de um parque industrial moderno capaz de aproveitar os talentos e as expertises dos alunos e pesquisadores que formam a nova comunidade acadêmica a partir das instituições públicas acima mencionadas e das instituições privadas de ensino que aqui prestam seus serviços.

Estamos falando de cursos que atendem à nova realidade mundial, como os de engenharia da computação, engenharia da energia, medicina, fisioterapia, tecnologias de informação e comunicação, alguns deles, já com a oferta de cursos de mestrado, capazes de desenvolver ainda o conhecimento cientifico e tecnológico que o mundo atual requer.

A questão que se coloca é de como aproveitar todo esse potencial acadêmico e educacional para o desenvolvimento, a modernização do parque industrial da cidade e atrair novas plantas industriais?

Araranguá, como sabido, tem sua capacidade industrial instalada aquém do que a cidade pode oferecer. As empresas que aqui se edificaram, apesar de importantes para o desenvolvimento local, o foram antes do advento do pool educacional e acadêmico, logo seus processos de produção e o setor industrial a qual se dedicam, não estão voltados para absolver os conhecimentos que ora se passaram a produzir.

A solução para isso, a meu ver, é unirmos esforços para que novas plantas industriais possam aqui vir se instalar, mediante a criação de um programa governamental atrativo às indústrias de tecnologia e outras, com o objetivo de incrementar a implantação e expansão das atividades industriais que efetivamente contribuam para o desenvolvimento econômico da cidade e o aproveitamento do conhecimento adquirido pela comunidade acadêmica local, apoiar técnica e financeiramente tais atividades e outros setores da indústria com capacidade de promover empreendimentos industriais considerados de maior relevância social e econômica para a cidade.

Essa é uma idéia. Acredito que muitas outras possam ser somadas. O importante agora, como dito acima, é a união de esforços por Araranguá. Temos que ter a humildade para que juntos, num grande fórum, empresários, governos e trabalhadores pensem a cidade que queremos.

Já está passada a hora de transformarmos a “cidade das avenidas” numa cidade de oportunidades, numa cidade desenvolvimentista, numa cidade em que o futuro se torne presente. O que queremos depende de cada um de nós criarmos o esforço coletivo necessário para estabelecermos as condições ideais para o desenvolvimento do parque industrial existente e, junto a isso, o incremento de um pólo industrial contemporâneo e moderno, capaz de aproveitar e dar concretude ao principio máximo transformador que só a educação pode promover.