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Missionários sombrienses sofrem com ciclone na África

Quem acompanha os noticiários deve estar por dentro dos acontecimentos relacionados à passagem de um forte ciclone em Moçambique, no sudeste da África. O Idai, como o fenômeno foi chamado, deixou grandes estragos no país, matando mais de 700 pessoas e deixando 1,5 milhão de crianças em estado de risco. O governo brasileiro, inclusive, já está enviando ajuda humanitária a Moçambique.
Porém, ninguém conhece mais a realidade da situação do que quem está presente no local. Uma comitiva de uma igreja evangélica de Santa Catarina viajou na última quarta-feira para uma missão em solo africano, e quando o avião pousou, os estragos já eram grandes. “Está muito difícil lá. Eles estão comendo só sardinha e pão e isso também está acabando. Não tem água e todos dependem de um único gerador. A comunicação está bem ruim”, explica Sandra Borges, esposa de Davi Borges, um dos três missionários. Davi é sombriense e pastor da igreja.
O grupo foi à África como parte de um projeto em que a igreja envia ajuda financeira para o país moçambicano, e agora enfrenta as dificuldades do povo que teve casas inundadas e vidas perdidas. “Nosso projeto é o Arroz com Feijão, em que com a nossa ajuda, essas crianças se alimentam uma vez por dia com arroz e feijão. Eles foram acompanhar o projeto, ver de perto a situação”, relata Sandra, aflita com as poucas notícias que tem do marido. “Ele diz que a internet é lenta e que os celulares quase não carregam no gerador. Não há previsão de quando vai voltar a luz”, completa.
Nos vídeos enviados por Davi, é possível ver crianças acolhidas em galpões, mas sem condições razoáveis de dormir ou comer. Também se vê destruição, e sofrimento da população. “Estamos na cidade de Beira, um local de difícil acesso. É um bairro bastante pobre”, diz o pastor em um dos vídeos. Com a comunicação comprometida, o pastor disse para a esposa que está preocupado e a comitiva deve retornar no próximo dia 4 de abril.