Por: Gilberto Seleme, presidente da FIESC – gabinete@fiesc.com.br
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Santa Catarina vive um momento decisivo em sua infraestrutura viária. A proposta de orçamento da União para 2026 reduz drasticamente os recursos destinados ao estado para obras e manutenção das rodovias federais. São apenas R$ 506,7 milhões — valor insuficiente para manter o ritmo de obras fundamentais à segurança da população e à competitividade da economia catarinense.
O corte compromete prazos e a continuidade de obras nas BRs 470, 280, 163, 285 e 282, todas vitais para o escoamento da produção, geração de empregos e arrecadação de tributos. Na BR-470, por exemplo, o valor necessário em 2026 é de R$ 200 milhões. Estão previstos apenas R$ 50 milhões. O prazo original de conclusão da duplicação entre Navegantes e Indaial era entre 2017 e 2018. Sete anos depois, a incerteza continua.
A urgência do tema foi consenso entre os integrantes do Fórum Parlamentar Catarinense, reunido na sede da FIESC em 25 de agosto. O cenário se agrava com a construção de novos portos no estado, que ampliarão ainda mais o tráfego em rodovias já sobrecarregadas e em situação de colapso.
A dotação orçamentária de 2026 é 50% menor que a de 2023. A manutenção preventiva também está ameaçada. Os R$ 327,2 milhões previstos seriam aceitáveis, não fosse a inclusão da obra de contenção da BR-285, que demanda aporte adicional de R$ 51 milhões.
A FIESC está mobilizada. Já encaminhamos documento ao Ministério dos Transportes e estamos em diálogo com a bancada catarinense no Congresso. Esperamos o comprometimento de todos os parlamentares com a proposição de emendas que garantam os recursos necessários para evitar o abandono de obras iniciadas e há muito atrasadas. Este é o momento de união e firmeza em defesa de Santa Catarina.
Conclamamos a sociedade catarinense a se engajar neste debate. O futuro da nossa mobilidade e do nosso desenvolvimento está em jogo. Quando as estradas param, o estado inteiro desacelera.
