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Hospital Dom Joaquim implanta primeira válvula aórtica transcateter pelo SUS


IMAS investe em tecnologia e garante procedimento menos invasivo e mais seguro para pacientes cardíacos

O Hospital Dom Joaquim, administrado pelo Instituto Maria Schmitt (IMAS), realizou pela primeira vez o implante de válvula aórtica transcateter (TAVI) pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O procedimento, considerado menos invasivo e mais seguro para pacientes cardíacos de alto risco, beneficiou um idoso de 80 anos diagnosticado com estenose aórtica.

Segundo o cirurgião cardiovascular Dr. Américo Kitawara, a escolha pela técnica ocorreu devido ao risco elevado do paciente em uma cirurgia convencional. “A grande vantagem do procedimento é que não há necessidade de uma preparação complexa, apenas o controle das comorbidades, que o paciente já vinha realizando antes da indicação cirúrgica”, explicou.

A intervenção durou cerca de 60 minutos e contou com a atuação direta do cirurgião e de um instrumentador, com equipe de cirurgia aberta de sobreaviso. O paciente permaneceu 24 horas na UTI e outras 12 horas na enfermaria, recebendo alta após rápida recuperação. “A melhora clínica é praticamente imediata. Em sete dias o paciente já relatava significativa melhora na falta de ar e no cansaço”, destacou Dr. Américo.

A TAVI substitui a válvula por meio de um cateter introduzido na região femoral até o coração, dispensando a abertura do tórax. Essa técnica reduz riscos, dor, tempo de internação e acelera a recuperação. Para o enfermeiro perfusionista Ederson Nunes Jacinto, a conquista representa um marco para a saúde da região. “Apesar de já conhecida em grandes centros, a TAVI ainda tem custo elevado. O Instituto Maria Schmitt destinou recursos próprios para viabilizar o procedimento pelo SUS, garantindo acesso a um tratamento de alta complexidade”, afirmou.

O primeiro caso realizado no Hospital Dom Joaquim marca o início de uma nova etapa para pacientes que antes eram considerados inoperáveis. A instituição já se prepara para atender outros pacientes que aguardam pelo mesmo tratamento.