Ação cumpriu 12 mandados de prisão preventiva e 33 de busca e apreensão; grupo investigado por falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e associação criminosa movimentava milhões
Na manhã desta quinta-feira (04), o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) e a Polícia Militar de Santa Catarina deflagraram a Operação Shutdown, contra um grupo acusado de explorar jogos de azar e praticar crimes como falsidade ideológica, associação criminosa e lavagem de dinheiro. O Procedimento Investigatório Criminal é conduzido pela 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Rio do Sul.
Foram cumpridos 12 mandados de prisão preventiva e 33 mandados de busca e apreensão em municípios de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. As ordens judiciais foram expedidas pela Vara Regional de Garantias da Comarca de Rio do Sul. A operação também incluiu confisco alargado, sequestro de bens móveis e imóveis e bloqueio de contas em instituições financeiras.
Entre os bens apreendidos estão mais de US$ 400 mil, R$ 976 mil, cheques, três carros de luxo, um iate, uma lancha e outros 24 veículos. As investigações apontam para um grupo criminoso altamente estruturado, que utilizava empresas de fachada, “laranjas” e movimentações bancárias incompatíveis com a renda declarada, em um esquema sofisticado de lavagem de capitais.
Segundo o Ministério Público, os investigados operavam na chamada terceira fase da lavagem de dinheiro, conhecida como “integração”, em que recursos de origem ilícita são incorporados à economia formal. A exploração de jogos de azar, especialmente o “jogo do bicho”, era o ponto de partida para o esquema.
O nome da operação, Shutdown, faz referência ao termo usado na área de tecnologia para indicar o encerramento total de sistemas ou atividades, simbolizando o objetivo da ação: interromper completamente as operações ilícitas do grupo.
A operação contou com efetivo do GAECO, BOPE, BPCHOQUE, 13º, 21º e 24º Batalhões da Polícia Militar, Agência Central de Inteligência da PMSC, além do apoio da Brigada Militar e do GAECO do Ministério Público do Rio Grande do Sul. A Polícia Científica de Santa Catarina prestou apoio técnico para garantir a preservação da cadeia de custódia das evidências.
As investigações seguem sob sigilo, e novas informações serão divulgadas assim que houver publicidade dos autos.