Deputado destacou, em audiência pública na Alesc, a importância do acesso a exames que identificam predisposição hereditária a tumores como os de mama e ovário.
Durante audiência pública realizada na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) para debater as políticas de atenção às pessoas com câncer, o deputado Neodi Saretta (PT) defendeu a ampliação do acesso a exames de prevenção e diagnóstico precoce. Entre as medidas, o parlamentar destacou uma indicação de sua autoria que sugere ao Governo do Estado a inclusão dos testes genéticos no Sistema Único de Saúde (SUS).
A proposta prevê a disponibilização dos exames que identificam mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, capazes de indicar predisposição hereditária a determinados tipos de câncer, principalmente de mama e de ovário. Para Saretta, a medida pode salvar vidas ao possibilitar diagnósticos precoces e tratamentos mais eficazes.
“Estamos falando de uma medida que pode mudar a realidade de muitas famílias, sobretudo de mulheres que enfrentam a luta contra o câncer de mama e de ovário. O SUS precisa disponibilizar esses testes como forma de ampliar a prevenção e a chance de cura”, afirmou o deputado, que preside a Comissão de Saúde da Alesc.
Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) revelam que o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres brasileiras, depois do câncer de pele não melanoma, representando 28% dos novos casos anuais. Já o câncer de ovário, embora menos incidente, apresenta alta taxa de mortalidade e é a quinta principal causa de morte por câncer entre mulheres.
A audiência contou com a presença do secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi Silva; da diretora da Associação Brasileira de Portadores de Câncer, Iriana Koch; do vice-presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), Carlos Gustavo Crippa; da presidente da Sociedade Catarinense de Radiologia, Aline Patricia Bianchini; e do diretor-geral do Cepon, Marcelo Zanchet.