Search

Impeachment de Moraes; Cesar não será candidato; PP lança dobradinha; mel tarifado; e mais

“Mesa diretora sequestrada”: caldeirão ferveu na Câmara dos Deputados

A primeira semana do retorno aos trabalhos da Câmara dos Deputados e do Senado da República foram eletrizantes, um verdadeiro teste para cardíaco. Isto porque os parlamentares alinhados ao bolsonarismo impediram o reinício dos trabalhos. O ex presidente da Câmara Federal Arthur Lyra (PP) precisou ser acionado para poder ajudar a convencer os deputados a “liberar a cadeira” do presidente Hugo Motta (Republicanos) – que venceu as eleições para 2025/2026 com votos 444 votos, apoiado por Lyra. E Motta venceu com votos da direita (até PL), do centro e da esquerda (até PT). A direita teve candidato, o deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS), que obteve apenas 31 votos; e a esquerda outro, o Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ), que teve 22 votos. O mesmo Van Hattem foi quem firmou o pé e quem mais demorou a liberar a cadeira de Motta.

Ameaçados com suspensão por 6 meses, os deputados recuaram, e disseram que havia “um acordo da oposição com Motta” para colocar as pautas em votação, entre elas o fim do ‘foro privilegiado’ dos cargos com prerrogativa de função, que poderia devolver processos em andamento no STF para a primeira instância. O presidente Lula (PT) foi preso justamente beneficiado porque o STF anulou as decisões de primeira instância – depois de condenado em Curitiba/PR, no TRF 4 e STJ. Agora que o ‘foro privilegiado’ está atrapalhando os deputados e o grupo político do ex presidente Bolsonaro (PL) eles querem acabar com ele. Depois Motta negou que houvesse acordo, para o fim do foro e para anistia aos presos de 8 de janeiro – Nikolas Ferreira/PL falou em anistia “ampla, geral e irrestrita”, o que alcançaria até mesmo Bolsonaro em caso de condenação.

 

Algo parecido no passado

Nunca é demais lembrar que no passado houve também movimentos similares por parte da esquerda durante pautas de interesse da esquerda. Num destes, foi Luiza Erundina (Psol/SP) – em 2016 – quem ocupou a cadeira de Eduardo Cunha (MDB/RJ). Se bem que ninguém foi acorrentado, foi num nível menos agressivo.

 

Senado também não cedeu

Os senadores passaram a semana em busca de assinaturas para mostrar força noutro tema de interesse dos apoiadores do ex presidente Jair Bolsonaro (PL). Trancaram o Senado até que Davi Alcolumbre (União Brasil) reassumiu o comando e as coisas voltaram a uma quase normalidade. A ideia era chamar a atenção, isso foi feito. Agora é hora de voltar a fazer os trabalhos andarem.

 

Impeachment de Moraes?

Os bolsonaristas conseguiram até a unanimidade dos votos dos 3 senadores catarinenses. Isto depois que a pressão dos bolsonaristas catarinenses fez com que Ivete Apel da Silveira (MDB) assinasse “a carta de intenção” para abertura de um processo de impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do processo de “trama de golpe do estado”. Se junta a Esperidião Amin (PP) e Jorge Seif (PL). Chegaram a 41 assinaturas, maioria do Senado, que tem 81 senadores. Há 2 impedimentos até o momento: 1) o fato de que o presidente Davi Alcolumbre (União Brasil) já avisou que não vai pautar este pedido; 2) se pautasse ainda precisariam dois terços dos votos, mínimo 54, o que hoje não há muita chance de prosperar.

Cesa Cesa não será candidato

O prefeito de Araranguá Cesar Cesa (MDB) recebeu a Post TV na manhã desta quinta-feira (7/8) em seu gabinete para uma entrevista exclusiva sobre os 7 meses primeiros meses de mandato. Falou sobre os 55 meses à frente da Prefeitura, com balanço das obras, sobre o orçamento – estimado em mais de R$ 1 bilhão (2025 a 2028), sobre as principais transformações que Araranguá sofreu nestes quase 5 anos.

Falou ainda que não tem pretensões de disputar as eleições, e que teve convite para ser candidato a deputado federal de Florianópolis a Passo de Torres pelo MDB, mas que não tem atração pelo legislativo.

Sobre a sucessão em 2028, citou nomes do MDB como Rony da Silva, Emerson Almeida, Negão Crepaldi, Jairinho Costa e Paulo Cezar Maciel, empresário que hoje mora na capital do estado, mas que já disputou eleição em Araranguá como candidato a vice de Neri Garcia (MDB), na eleição vencida por Dau Ghizzo (PPB) e (Ênio Rosa (PFL). Mas adiantou que ainda é muito cedo pra pensar no tema, já que o MDB tem aliança com PSD, Republicanos e União Brasil.

“Importa é que seja um nome que tenha densidade eleitoral, que seja bem aceito por todo município”, sintetizou.

 

Dobradinha do PP

A Federação União Progressista tende a manter espaços próprios para o União Brasil e o Progressistas. O nome do vereador Samuel Nunes, o Samuca (União Brasil) foi cogitado para disputa de uma cadeira no parlamento catarinense.

Pelo PP, nesta sexta-feira (8/8), 9 horas, na sede da Aciva, em Araranguá, acontece o lançamento da pré-candidatura da dobradinha Zé Milton (PP) e Evandro Scaini (PP) respectivamente à Câmara Federal e Assmebleia Legislativa.

 

MDB no comando

Em Sombrio, o PL – que comanda a Câmara de Vereadores, foi prestigiado pelo MDB local – que comanda a Prefeitura. A prefeita Gislaine Cunha (MDB) cedeu o cargo por uma semana a Rafa Enfermeiro (PL), que irá renunciar ao cargo de presidente do Poder Legislativo no próximo dia 11/8. O vice presidente Jonas D’Ávila (MDB) será presidente e o MDB passará novamente a comandar os 2 poderes.

 

Tarifaço de Trump afeta mel catarinense

O deputado Padre Pedro Baldissera (PT) – coordenador da Frente Parlamentar da Apicultura e Mel da Alesc, está propondo que a Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) aprove moção de apelo ao Itamaraty e aos Ministérios da Indústria, Comércio e Serviços, da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário para que negociem com a diplomacia dos EUA a retirada do mel do conjunto de itens que receberam a taxação de 50% a partir desta quinta-feira (7). Pelo menos 80% do mel produzido em Santa Catarina são exportados para os EUA. Araranguá, que teve premiação de melhor mel do mundo, tem interesse nesta pauta.