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Câmpus Araranguá inaugura planetário móvel voltado à divulgação científica na região

O Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) – Câmpus Araranguá lança oficialmente, na sexta-feira (18), um planetário móvel como ferramenta de divulgação científica na região Sul do Estado. A novidade será apresentada em uma sessão pública no próprio câmpus, com autoridades e convidados.

O equipamento, adquirido com recursos de R$ 125 mil via edital da Fapesc (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de SC), faz parte de um projeto que inclui, ainda, o custeio de passagens, diárias e transporte, permitindo que o planetário seja levado a escolas, associações e eventos comunitários, desde que em locais públicos e gratuitos.

“O agendamento será aberto ao público, desde que seja uma atividade com acesso gratuito. A ideia é levar o planetário com exposições, telescópios e outras atividades científicas”, explicou o professor Felipe Damasio, coordenador da iniciativa. O objetivo é levar ciência para fora dos muros do IFSC, promovendo uma verdadeira imersão em astronomia e temas científicos.

O equipamento – modelo AsterAzurium Lite D6F60 com projetor digital – chegou ao IFSC no dia 3 de julho. Professores e alunos receberam treinamento técnico de montagem e operação, realizado por um especialista vindo de São Paulo.

O projeto aprovado no edital Fapesc nº 21/2024 tem como título “A divulgação científica em ambientes não formais como ferramenta de combate ao negacionismo científico”. A equipe conta com docentes do IFSC Araranguá (Mônica Knöpker, Adriano Antunes Rodrigues, Mirtes Lia Pereira Barbosa e Edmilson Souza Barreto), do IFSC Criciúma (Naiane Sartor) e da UFSC Araranguá (Marcelo Andrade).

Um dos principais pilares da ação é o protagonismo estudantil. “São os estudantes que desenvolvem os projetos, fazem a pesquisa, apresentam os resultados. Nós professores apenas orientamos. É assim que acreditamos que a ciência deve ser feita”, afirmou Damasio.

Mais do que promover astronomia, o planetário será usado como uma ferramenta de combate à desinformação e ao negacionismo científico, especialmente em temas como vacinação e mudanças climáticas. “Entender ciência não é só acadêmico. É questão de vida ou morte. Estamos vendo pessoas morrerem de doenças evitáveis por falta de informação e confiança na ciência”, alertou o coordenador.

A estrutura também vai servir para exibir materiais de pesquisas realizadas no IFSC, como os conteúdos produzidos por uma mestranda que trabalha com divulgação sobre matéria escura.

O câmpus já possui outras ações reconhecidas de extensão, como o Clube de Astronomia de Araranguá, o canal IFScience e um estúdio de podcast e laboratório maker com impressoras 3D. No futuro, a unidade pretende buscar recursos para criar um planetário fixo e um museu de ciências, além de adquirir um sistema de som adequado para complementar a estrutura móvel.