No programa Post Notícias desta sexta-feira (04/07), a estudante de nutrição e personal trainer Cláudia Bonacini abordou o uso crescente de medicamentos para emagrecimento, como Ozempic e Mounjaro. Ela enfatizou a necessidade de acompanhamento multiprofissional e alertou sobre os riscos e a importância da mudança de hábitos para resultados duradouros.
A estudante de nutrição e personal trainer Cláudia Bonacini participou do programa Post Notícias para discutir a popularização dos medicamentos para emagrecimento e as implicações desse fenômeno.
Medicamentos para emagrecimento: indicações e riscos
Cláudia Bonacini destacou que medicamentos como Ozempic e Mounjaro têm se tornado cada vez mais procurados no Brasil para auxiliar no emagrecimento. No entanto, ela ressalta que são apenas uma das opções dentro de um tratamento mais amplo, que deve incluir exercício físico e nutrição.
A especialista enfatizou que a obesidade é uma doença crônica e, como tal, deve ser tratada de forma contínua. Para indivíduos obesos, o medicamento pode ser de grande importância, atuando na redução da fome, ansiedade e compulsividade.
Efeitos no treino e saúde:
O uso desses medicamentos geralmente leva à redução do apetite, o que pode diminuir a ingestão calórica e, consequentemente, a energia para o treino. Isso resulta em baixa de rendimento, fraqueza e, em alguns casos, mal-estar ou até desmaios, especialmente nos primeiros meses.
Além disso, Cláudia alertou para possíveis efeitos colaterais em órgãos, como fígado, rins e intestino, podendo levar a problemas como a disbiose. Ela frisou que todo medicamento possui contraindicações e que a automedicação é perigosa, ressaltando a importância do acompanhamento e prescrição médica.
A importância da mudança de hábito e da saúde mental
Bonacini criticou a busca por “milagres” e a falta de adesão a um estilo de vida saudável. Muitas pessoas que usam esses medicamentos não praticam exercícios físicos, especialmente musculação, e não seguem uma dieta adequada. Isso pode resultar em:
Perda de massa muscular: O emagrecimento sem acompanhamento de treino leva à perda de músculos, resultando em uma estética “murcha” e flacidez.
Reganho de peso: Estudos já comprovam que, se não houver mudança de hábitos, o peso perdido com o Ozempic pode ser totalmente recuperado em menos de um ano. Isso se aplica também a procedimentos como a cirurgia bariátrica, onde uma parcela significativa dos pacientes reganha peso.
A estudante de nutrição enfatizou a necessidade de um tratamento integrativo, que envolva médico, nutricionista, personal trainer e, crucialmente, o apoio psicológico. “A mente manda muito”, afirmou Cláudia, destacando que a preparação mental é fundamental para o sucesso do tratamento e para evitar o “efeito sanfona”. Ela sugere a busca por terapeutas e psicólogos para trabalhar questões como compulsividade e padrões comportamentais.
A especialista finalizou reforçando que o tratamento da obesidade é para a vida toda e que o investimento financeiro e de saúde feito em medicamentos ou cirurgias pode ser em vão sem a mudança de hábitos e o autocuidado responsável.
Entrevista completa no link: https://youtube.com/live/tlrZneokRDA?feature=share






