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Laís Borges Castro e Liliane Padilha, do Hospital Regional de Araranguá, Alertam para Aumento de Casos Respiratórios no Post Notícias

Gerente de enfermagem e coordenadora do pronto socorro detalham o cenário de alta demanda, reforçam a importância da prevenção e orientam a população sobre onde buscar atendimento.

 

Na edição desta segunda-feira (28/04) do programa Post Notícias, o quadro Espaço Saúde recebeu Laís Borges Castro, gerente de enfermagem do Hospital Regional de Araranguá (HRA), e Liliane Padilha, coordenadora de enfermagem do pronto socorro da mesma instituição. Em entrevista, as profissionais compartilharam o panorama do atendimento nos últimos dias, marcado por um aumento significativo de casos respiratórios, e fizeram um importante alerta à população sobre prevenção e a busca adequada por serviços de saúde.

 

 

Alta Demanda no Pronto Socorro e o Impacto das Mudanças Climáticas:

 

Liliane Padilha iniciou a conversa relatando a alta taxa de ocupação e a grande demanda no pronto socorro do HRA nos últimos três dias. Segundo a coordenadora, o aumento de atendimentos está diretamente relacionado à mudança de temperatura, com um número expressivo de crianças e idosos apresentando sintomas respiratórios, como síndromes gripais, H1N1 e casos positivos de Covid-19, um cenário já esperado com a aproximação do inverno.

 

Estratégias de Atendimento e a Importância da Classificação de Risco:

 

Diante da alta demanda, Liliane explicou que a equipe do HRA, em conjunto com a direção técnica e a gerência de enfermagem, tem adotado um plano de ação para otimizar o atendimento. A classificação de risco, seguindo o modelo de outras instituições do IMAS, é uma ferramenta crucial para priorizar os casos mais graves e garantir que todos recebam a assistência necessária no tempo adequado.

 

 

Apelo à População: Atenção aos Sintomas e Busca por Atendimento Adequado:

 

Laís Borges Castro reforçou a preocupação da equipe com o grande número de pacientes com sintomas respiratórios procurando diretamente a emergência do hospital, muitas vezes com quadros que poderiam ser resolvidos em unidades de saúde ou na UPA (Unidade de Pronto Atendimento). O principal objetivo da participação no programa, segundo a gerente de enfermagem, foi alertar a população para que, ao surgirem os primeiros sintomas, procurem as unidades básicas de saúde ou a UPA, evitando o agravamento do quadro e a superlotação da emergência do hospital, o que inevitavelmente aumenta o tempo de espera para todos.

 

 

Ocupação Hospitalar e a Necessidade de Internação:

 

Laís também informou sobre a alta taxa de ocupação do hospital, que chegou a 71% nas internações, com as UTIs neonatal e geral lotadas, assim como o setor de clínica médica. Diante desse cenário, os médicos avaliam criteriosamente a necessidade de internação, priorizando os casos mais graves. Pacientes com quadros que podem ser tratados em casa são orientados a seguir o tratamento prescrito, o que, segundo as profissionais, é fundamental para evitar a piora do quadro e um possível retorno ao hospital.

 

Número Expressivo de Atendimentos no Final de Semana:

 

Liliane Padilha revelou que, entre os dias 25 e 27 de abril, o pronto socorro do HRA realizou uma média de 200 atendimentos por dia, totalizando cerca de 600 pessoas em apenas três dias. Esse volume expressivo de pacientes, muitos com quadros que poderiam ter sido atendidos em outros serviços, contribui para o tempo de espera na emergência, especialmente considerando que casos mais graves demandam mais tempo de atendimento médico.

 

Desafio Diário e o Compromisso com a Qualidade do Atendimento:

 

Laís Borges Castro descreveu o dia a dia no pronto socorro como um grande desafio, buscando sempre prestar o melhor atendimento com a qualidade e a agilidade que os pacientes necessitam. A pressão sobre as equipes é constante, exigindo jogo de cintura e comunicação eficaz entre a equipe médica e a enfermagem para equilibrar as demandas e garantir um atendimento rápido, seguro e de qualidade para toda a comunidade.

 

Alerta Final: Procurar as Unidades de Saúde e Vacinação:

 

Ao final da entrevista, Laís Borges Castro e Liliane Padilha reforçaram o apelo à população para que procure as unidades de saúde e a UPA diante dos primeiros sintomas respiratórios, evitando a automedicação e o agravamento do quadro. As profissionais também enfatizaram a importância da vacinação como medida de prevenção contra diversas doenças respiratórias, contribuindo para a proteção individual e coletiva e para a redução da demanda nos serviços de emergência.

 

Acompanhe a entrevista completa no link: https://youtube.com/live/pt1AY8Ia4gk?feature=share