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Após ação do MPSC, Justiça determina que Município de Jacinto Machado contrate profissionais qualificados para educação especial

Estagiários sem formação adequada ocupavam cargo de auxiliar de ensino. Decisão prevê multa de R$ 500 por dia em caso de descumprimento.

 

A Justiça determinou, no dia 27 de janeiro de 2025, que a Prefeitura de Jacinto Machado, no Sul de Santa Catarina, contrate profissionais habilitados para atuar na educação especial, em cumprimento a uma ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). O município tem 30 dias para comprovar a regularização da situação.

 

A investigação teve início após a 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Turvo abrir um inquérito civil para apurar a falta de profissionais qualificados no atendimento a estudantes com deficiência na rede municipal de ensino. Durante a apuração, foi constatado que estagiários do ensino médio estavam exercendo a função de auxiliares de ensino, sem a qualificação exigida pela legislação.

 

Embora o MPSC tenha recomendado a substituição dos estagiários por profissionais capacitados, um relatório da Secretaria de Educação de Jacinto Machado, datado de novembro de 2024, revelou que 13 das 15 estagiárias ainda ocupavam a função de forma inadequada. Diante disso, o Ministério Público ajuizou uma ação civil pública com pedido de tutela de urgência, resultando em uma decisão liminar da Justiça, que determinou a rescisão imediata dos contratos das 13 estagiárias e a contratação de profissionais com formação em magistério e conhecimento específico para atuar na educação de alunos com deficiência.

 

A decisão também fixou uma multa diária de R$ 500, limitada a R$ 5 mil, caso o Município descumpra a ordem judicial.