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Representantes do Santuário de NSMH explicam sobre reforma da igreja aos vereadores

Com o plenário lotado de fiéis católicos com camisetas alusivas a festa da padroeira da cidade, Nossa Senhora Mãe dos Homens, a sessão de quarta, 10, na Câmara Municipal, serviu para ouvir representantes do santuário que leva o nome da santa e que deverá reformar a igreja.

 

Ocuparam assento na mesa diretora durante a sessão, o pároco e reitor do santuário, Padre Jonas Emerin, e os coordenadores da paróquia, Reinaldo Pereira e Djool Maçaneiro. O convite surgiu de um requerimento do vereador, Douglas Michels, aprovado semanas atrás, sob a justificativa de ser detalhado o projeto.

 

Em defesa da reforma, o padre Jonas, relatou a importância histórica da paróquia não apenas para Araranguá mas para toda a região e as razões do projeto de reforma da igreja, assegurando que todas as instâncias foram consultadas sobre sua regularidade, quais sejam, comissão de obras, festeiros da romaria e conselho pastoral.

 

“A proposta do projeto é uma adequação litúrgica, com Maria edificando a casa do Senhor. As razões deste projeto são de duas ordens: pastoral e manutenção. Não surgiu de desejo pessoal de ninguém por vaidade, é um processo que vem sendo construído tendo em vista as necessidades do santuário com desejo pelas pessoas que estão ‘ali dentro’. Não é quem está fora que tem que dizer o que precisa ser feito, somos nós que estamos dentro. Se acontecer algo de errado no santuário, somos nós que prestaremos contas, com as nossas atribuições”, reafirmou o pároco.

 

O projeto, segundo os representantes, pensa no santuário de uma maneira ampla, respeitando as necessidades “C”, termo católico que valoriza a imagem de Maria mãe de Jesus, e também a propriedade particular.

 

“A igreja pensou com zelo tudo isso, não foi de maneira arbitrária. A bandeira defendida por pertencer ao patrimônio histórico do município não procede, pois, a igreja não é tombada como patrimônio público nem pela prefeitura, tampouco pela Câmara”, acrescentou Pe. Jonas.

 

Também defendeu o projeto, o empresário, Djool Maçaneiro, que apresentou um vídeo em 3D mostrando como ficará a fachada.

 

“Essa assembleia está lotada por pessoas que se dedicam e permitem a manutenção do santuário. Após a mudança em santuário foi proposto pela hierarquia da igreja que tivessem mudanças. Nosso bispo, Don Jacinto, pediu que uma comissão cuidasse disto pois existem problemas estruturais na igreja, inclusive, com goteiras e situações técnicas. Visitaram a obra profissionais habilitados da área da engenharia e arquitetura para propor o projeto”, defendeu.

 

Ainda, conforme Maçaneiro, a igreja não sofrerá mudanças drásticas como se especula.

 

“O projeto foi pensado pela igreja e não pela opinião de um indivíduo ou por outro. As torres permanecem, a planta baixa permanece. A fachada de hoje foi proposta trinta anos após a sua inauguração então não existe desrespeito. As adequações que serão feitas têm necessidades litúrgicas e técnicas, e isso precisa ser respeitado. Comentários maldosos e maliciosos desrespeitam as pessoas que se dedicam na nossa igreja”, finalizou.

 

O início das obras e o valor estimado para a reforma não foi divulgado. Apenas que os esforços no momento serão direcionados à realização da festa da Padroeira, que acontece em maio e promete receber em torno de 50 mil fiéis em todos os dias da programação.