Depois da entrevista à Post TV do vice-prefeito Pedro Luiz Schuvartz, o Cotoco (PL), que não poupou críticas ao prefeito Eder Mattos (PL) e ao seu modelo centralizador de governar, os partidos seguem as costuras para definir os caminhos para vencer as eleições na sucessão do atual mandatário.
Na conversa que aconteceu na manhã desta terça-feira (20) entre dois ex-prefeitos do PP, Vitor Hugo Coral e Jonnei Zanette o tema eleição de 2024 dominou a pauta.
Ambos tem uma posição comum: o Progressistas deverá estar num grupo que deverá retomar o comando do município depois de 2 mandatos de Mattos. Antes dele, justamente Nei e Vitor Hugo tiveram 2 mandatos consecutivos – 8 anos de cada, e o PP ficou 16 anos seguidos no poder.
Agora, o PP considera que não é o mais importante estar na cabeça ou de vice, mas na construção de um projeto conjunto e vitorioso.
O prefeito Eder Mattos (PL) articulou a indicação de seu secretário de Administração e Finanças, Júlio César de Oliveira, para reerguer o MDB, e juntamente com seu indicado Anderson Scarduelli, o Nininho (PL) fazer a sucessão. Isso implicaria naturalmente na manutenção do grupo de Eder Mattos no comando e uma certa fatia de poder.
A articulação parecia tranquila dentro do PL, mas a tese do prefeito Eder sofreu uma primeira derrota após colocar em votação a escolha do parceiro entre o grande grupo. PP teve 80 votos, PSD 30 votos e MDB 30 votos. Ou seja. A menos que o prefeito “vire à mesa” e não acate a decisão do partido, como faz no caso da presidência da sigla que, por eleição do partido foi definida para Nininho, mas que na prática não aconteceu.
A desavença de Nei Zanette e Eder Mattos vem desde a eleição da Cersul, quando o candidato apoiado pelo prefeito foi derrotado com apoio do próprio Nei, do vice Cotoco e do ex vice-prefeito e candidato a prefeito em 2020 Rogildo Bordignon.
Nei já tem um caminho definido: não estar no mesmo palanque eleitoral do prefeito Eder. “O Progressistas até pode estar, mas eu não estarei”, desabafou.
Outro caminho definido para as eleições de 2024, apesar de muitos progressistas pedirem que reconsidere, é que Zanette não será mais candidato a prefeito. “Chance zero”, garante.
Nei na Alesc?
Este caminho pode sim ser o de Jonnei Zanette, os das eleições de 2026 como candidato do PP pela Amesc. Acontece que o tema voltou à mesa eu uma reunião dos 5 prefeitos do Progressistas da Amesc – Betinho Biava (Timbé do Sul); Keio Olivo (Morro Grande); Fanica Machado (Praia Grande); Valmir Rodrigues (Passo de Torres); e Sandro Ciimbelli (Turvo).
O assunto foi levantado porque há rumores de que o prefeito de Balneário Arroio do Silva, Evandro Scaini, pode deixar o Republicanos e ir para o PP, para disputar a reeleição. Neste caso, reeleito em 2024, ficaria como nome possível para a vaga de 2026 caso o deputado Zé Milton (PP) de fato dispute uma vaga na Câmara Federal ou mesmo em uma coligação na majoritária.
Prefeitos citaram na reunião que preferem alguém com a marca PP, como Betinho Biava – que rejeita a ideia, ou Nei Zanette, que está livre para ser candidato.
Prefeitos lembraram que Scaini foi PFL, Democratas, PSD, PSL e está Republicanos. Disseram que preferem um progressista dos mais enraizados.
Os prefeitos procuraram Nei Zanette e começaram a articular esta possibilidade de ele se colocar à disposição como possível nome. Se isto acontecer, Scaini também poderá rever sua posição de ir para o PP, já que teve convite de diversos partidos para se filiar e disputar as eleições deste ano.
O certo é que a região conquistou 2 cadeiras e não deverá mais retroceder, já que cabem até 3 estaduais e federal pelo tamanho do colégio eleitoral.
