PONTO PRA DEFESA: Um pai acusado de tentar matar o próprio filho. Um caso de 2010, o processo mais antigo da comarca, foi julgado nesta quarta-feira, 20, no Tribunal do Júri de Araranguá. Inicialmente, o processo foi instaurado pela tentativa de aborto – que prescreveu após cinco anos – e que foi à júri popular por tentativa de homicídio.
A DENÚNCIA
O pai do bebê foi quem sentou no banco dos réus e julgado pelos jurados. Ele foi acusado, na época, de ter dado pílulas abortivas para a esposa ingerir, colocando mais pílulas através do canal vaginal dela. Após o parto, que aconteceu em casa, teria colocado o recém nascido dentro de uma sacola.
A acusação pediu pela condenação por tentativa de homicídio qualificada, tese desacatada pelos jurados. A defesa pediu pela absolvição por ausência de dolo ou condenação por infanticídio – mas ganhou sentença pela absolvição do réu.
A mãe, durante o processo, foi impronunciada, porque o Ministério Público entendeu pela falta de provas que colocassem ela na ação do crime.
O promotor, Gabriel Meyer, afirmou à Post TV que não vai recorrer a decisão do tribunal do júri. “Foi uma decisão tomada pela sociedade”, disse.
O tribunal foi presidido pela juíza de direito, Thania Mara Luz, na acusação, o promotor Gabriel Meyer e na defesa os advogados Leandro Gonçalves e Luana Mattos.