Linda máquina fumegante
Que um dia ousou serpentear
As planícies alagadiças
Do outrora límpido rio Araranguá
Dos trilhos, o progresso
Sua comunidade evoluiu
Assentamento da Barranca
Lado esquerdo do rio
Ao lado dos trilhos
Outrora tabernas e hotéis
Sob o olhar vigilante
Temperamental e majestoso rio
Acolhidos eram todos
De passagem ou pra ficar
Não importava a procedência
A estação barranca era de respeitar
Maria Fumacenta
Seu som a ecoar
Onomatopeia Piuííí, piuííí
Tiveram todos que escutar
Certo dia que não lembro
Vieram na barranca arrancar
A história da linha férrea e da Maria
Que agora estou a contar
Atiço às reminiscências,
Pois é bom rememorar
Maria fumacenta
Teu passado sempre a reavivar…