Search

Disputa acirrada; Jorginho em vantagem; Moisés em Araranguá; Hang em campanha com Seif; fator MDB; e mais

MOISÉS EM BUSCA DA VAGA NO SEGUNDO TURNO

O coordenador da campanha de Carlos Moisés (Republicanos) no Vale do Araranguá, prefeito César Cesa (MDB), se reuniu em Sombrio na última semana com os prefeitos do MDB – Gaiola (Jacinto Machado), Gislaine Cunha (Sombrio), Moacir Teixeira (São João do Sul) e Paulinho (Ermo), para alinhar as estratégias do partido com vistas a intensificação da campanha na Região.

O fato é que o MDB do Sul, se comparado com outras regiões, é ainda o que está mais mobilizado. No entanto, há uma dificuldade compartilhada de que está faltando recursos para tocar a campanha. Estão se virando como podem. O problema hoje é nas grandes cidades.

O fundo eleitoral do governador é muito pequeno em comparação à máquina de propaganda de Jorginho Mello (PL), que tem ‘bala na agulha’ para marcar presença em todos municípios, seja com apoio aos candidatos – que tem fundo para usar também, ou seja via investimentos pesados em mídia na Internet, que dá grande visibilidade ao candidato.

O resultado aparece nas pesquisas eleitorais, e Jorginho Mello (PL) passa ser considerado como figura certa no álbum do segundo turno das eleições.

Os demais candidatos que ‘dizem estar com Bolsonaro’ já perderam a batalha para identificação com o número 22. A propaganda massiva já conseguiu associar no eleitor o sentimento de que Jorginho é o candidato do presidente, embora que Bolsonaro resista em escancarar este apoio, que velado mesmo é a Jorge Seif, candidato a senador.

Aos apoiadores do governador Moisés cabe o uso das obras destinadas para o Sul do Estado como ferramenta de propaganda.

 

FATOR MDB

Como se não bastasse, a liderança anunciada de Jorginho nesta reta final, o time de Moisés ainda tem que cuidar para não ser ultrapassado por Gean Loureiro (União Brasil), que vem crescendo a cada pesquisa, e ainda por Décio Lima (PT), que aposta tudo na verticalização das eleições. Aposta em 22 contra 13 em Santa Catarina, como acontece no plano nacional, onde Lula e Bolsonaro não deixaram se criar alternativas às suas candidaturas. E ainda tem Esperidião Amin (PP), que corre por fora, mas que também tenta pegar a segunda vaga – o que é bem mais difícil.

O que deverá definir mesmo se Moisés estará no segundo turno é o fator MDB, já que é o único de fato da coligação que tem militância capaz de fazer a diferença nas urnas. Os demais partidos da coligação, Republicanos, Podemos, DC, PSC e Avante, são médios ou pequenos na base.

O governador conta apoio de prefeitos de diversos partidos de outras coligações.

 

FATOR NACIONAL

A eleição de Santa Catarina depende muito hoje do plano nacional, já que o Estado é um dos que mais aderiu ao bolsonarismo.

Se Jorginho Mello (PL) for para o segundo turno contra Gean (UB) ou Amin (PP), o presidente pode manter a neutralidade, como vem fazendo para manter sua parceria com João Rodrigues (PSD), da aliança de Gean, ou mesmo com Amin. Se for contra Moisés (Republicanos) ou Décio (PT), a campanha fica com apoio direto.

No caso de a disputa ser Moisés x Jorginho, o melhor cenário para o governador é vitória de Lula (PT) no primeiro turno.

Cenário ruim é vitória de Bolsonaro em primeiro turno, ou disputa de segundo turno entre Lula e Bolsonaro.

Neste caso, o candidato do presidente passaria a ser favorito a levar os votos 22-22.

Se Lula vencer em primeiro turno, passa a ser o maior cabo eleitoral em estados em que seus aliados estiverem em segundo turno ou mesmo para quem estiver contra aliados do atual presidente.

No caso de Santa Catarina, mesmo que seja o governador contra Jorginho, há espaço para aproximação, já que Bolsonaro, sem mandato e fora do segundo turno, teria muito menos peso.

Caso a final seja Jorginho x Décio, como na polarização nacional, com Lula e Bolsonaro no segundo turno, o favoritismo ficaria com o candidato do 22. Com eleição resolvida a favor de Lula já em 2 de Outubro, Décio teria um mês para buscar aliados em torno de aliança pró-Lula já eleito.

Ou seja. Tudo pode acontecer nesta semana decisiva.

 

MOISÉS EM ARARANGUÁ

O prefeito de Araranguá e coordenador da campanha de Carlos Moisés, prefeito César Cesa (MDB), chamou nesta terça-feira (27) os prefeitos aliados para uma reunião preparatória para a vinda do governador a Araranguá, marcada para esta quarta-feira, 28, 19 horas, no Salão Paroquial da Igreja Sagrada Família, na Cidade Alta.

Participação dos prefeitos do MDB, PSDB, alguns do PP, e Evandro Scaini (Republicanos), além dos vices do Republicanos, Jonatã Coelho, de Balneário Gaivota, e Volnei Rocha, de Maracajá.

Em Criciúma, aliás, o governador só fará caminhada e visitas nesta quarta-feira (28). O candidato Jefferson Monteiro (Republicanos) faz comício à partir das 20 horas e tenta articular a ida de Moisés a Criciúma após o evento de Araranguá.

O prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli (PP), que coordenada a campanha na Amurel, estará no evento de Araranguá.

 

HANG DE CABEÇA

Luciano Hang se jogou na campanha nesta reta final das eleições com um propósito claro: eleger Jorge Seif (PL) e ampliar a força de Jair Bolsonaro (PL) no estado. O apoio declarado a Jorginho Mello (PL) também ajuda a colar a imagem do empresário mais bolsonarista de Santa Catarina ao candidato do 22, e automaticamente, ao presidente.

Hang, ao lado de Seif, passou pelos municípios e fez caminhada com o candidato Seif, passaram por entidades de classe como a CDL de Criciúma e Aciva de Araranguá. Bateu forte no PT e fez campanha para o presidente Bolsonaro.

Luciano Hang indicou o primeiro suplente de Seif na chapa. Em caso de vitória de Bolsonaro nas eleições, e de uma possível indicação de Seif a um ministério por exemplo, o senador de Santa Catarina seria o indicado de Hang, empresário Hermes Klann, de Brusque.

 

JORGINHO EM ARARANGUÁ

No mesmo dia em que o governador Moisés estará em Araranguá para fazer comício, o candidato Jorginho Mello (PL) passa pela cidade. Conversa com a imprensa regional nesta quarta-feira (28), 14h30min, no Auditório Plínio Linhares, no Center Shopping Araranguá.

 

BOLSONARO NÃO VEM MAIS

O presidente Jair Bolsonaro (PL) foi convencido de que não é a melhor estratégia encerrar a campanha em Santa Catarina em uma motocarreata em Joinville e ele cancelou a agenda. Ele precisa estar em estados onde tem que virar votos e não onde está consolidado. Além disso, era uma agenda para ajudar Seif, não para Jorginho Mello (PL).

 

MAÇONARIA

O vídeo que circula o Estado em que Jorginho Mello (PL) se declara maçom, não caiu bem no meio evangélico e deve produzir efeitos na campanha.