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DEPOIS DE ROTEIRO NO MEIO-OESTE, LUNELLI MANDA RECADO PESADO AO DIRETÓRIO DO MDB

O pré-candidato a governador Antídio Lunelli (MDB) encerrou roteiro pelo Estado com visita ao Meio-Oeste catarinense, acompanhado pelo presidente do MDB, Celso Maldaner, e pré-candidatos, Leandro Sorgato, à Câmara Federal, Wilmar Carelli, à Assembleia Legislativa, e outras lideranças. Esteve sexta-feira (27) em empresas da Videira e Fraiburgo. Sábado (28), passou por Salto Veloso e Pinheiro Preto

 

AUTOCONVOCAÇÃO DA EXECUTIVA GERA NOVA CRISE

O colega jornalista Marcelo Lula trouxe na manhã de domingo (29) a informação (que esta coluna também recebeu da Assessoria de Antídio Lunelli) de que Lunelli enviou uma mensagem no grupo de WhatsApp do Diretório do MDB em que questiona a tentativa de invalidar as prévias que o escolheram como pré-candidato.

No início da tarde, o jornalista Moacir Pereira trouxe a informação de que há um parecer jurídico que questiona a realização de reunião da Executiva no dia 31 de Maio para deliberar sobre possível apoio a Carlos Moisés (MDB). Nem o presidente Celso Maldaner (MDB), o 1º vice-presidente Edinho Bez, nem o 2º vice-presidente, que o próprio Lunelli, aceitaram comandar esta reunião da Executiva. Até mesmo a deputada estadual Ada de Lucca, que ocupa a 3ª vice-presidência, é certo que aceite esta empreitada, pois ela tem boa relação do Lunelli.

O tom dado por Lunelli no texto é que o MDB terá que tratar do assunto nas convenções de 5 de Agosto. O problema é que o governador Moisés parece ter pressa em definir seus aliados.

 

VEJAM O QUE DISSE LUNELLI AOS DIRETORIANOS:

“Prezados amigos do MDB Catarinense:

Em meio a tudo que estamos enfrentando, gostaria de me manifestar, pois tanto é escrito e falado, que muitos dos nossos filiados estão confusos acompanhando.

Desde a minha filiação ao partido, sempre fui um homem agregador, me tornei um bom ouvinte (logo eu, um homem que sempre falou mais que ouviu), aprendi a planejar eleição, a vencer e, principalmente, a entender os momentos que vivemos.

Percebo que algumas coisas do passado não estão sendo levadas em consideração por alguns amigos do partido.

O Governador atual, por várias vezes, foi convidado a fazer parte do nosso partido, e renegou dizendo que queria ficar em um partido menor. Mas foi o MDB o partido que lhe deu condições de permanecer no cargo e lhe deu apoio e inclusive boas pessoas para que pudesse tocar o governo.

Infelizmente, não houve e não há o entendimento deste trato feito lá atrás, que o MDB seria base do governo para que pudesse sim, usufruir dos benefícios que hoje estão sendo dado aos municípios, como pix e plano 1000. E agora, nossas lideranças estão sendo emparedadas por este governo, o que é vergonhoso! Vale lembrar também, que participei das prévias, viajei o Estado conversando com as nossas bases. Dialogando com todos. Primeiro, tínhamos o Senador Dario, o Presidente Celso e eu concorrendo. Depois, o Celso saiu da disputa, e o Deputado Valdir Cobalchini se colocou como candidato.

Mas dias antes da votação, Dário e Cobalchini, cada um por seu motivo, se retiraram das prévias, e assim tive o nome aclamado para ser o candidato da convenção estadual que será realizada no dia 5 de agosto. Foi por isso que renunciei à Prefeitura de Jaraguá do Sul, onde fui o primeiro prefeito reeleito da história com mais de 70% dos votos.

Vivemos em um país democrático, que deve ouvir a todos, e assim é o nosso MDB. Ouvindo a todos e respeitando seus posicionamentos, mas não podemos esquecer das regras e as regras precisam ser respeitadas também. Caso contrário, só geramos instabilidade e confusão.

Faço essa menção a tudo que estamos passando, como uma fase. Quem quiser disputar a convenção que siga o rito do partido, não vejo problema. Entretanto, não podemos ser divididos por quem não tem grupo, não tem base. Não podemos cair na armadilha de ficarmos brigando.

Precisamos honrar nossa história, respeitar nosso estatuto e, principalmente, os companheiros que são filiados e nos dão sustentação nos pequenos municípios.

Eu poderia ter escolhido um caminho mais fácil, ido a outro partido, ou até mesmo desistir pelo conforto que trabalhei tanto para ter. Mas eu estou na rua, estou ouvindo nossa gente, peço que tenhamos calma, para que nossos líderes também reflitam e assim possamos convergir todos pelo engrandecimento do MDB, com candidatura própria, com a força da nossa gente. Não podemos deixar de ter protagonismo nesta eleição! É uma eleição de dois turnos, tenho certeza que estaremos lá!

Tenhamos calma uns com os outros, temos um mesmo objetivo! O engrandecimento do partido, uma coligação da proporcional com bons nomes e a preservação e aumento do número de prefeituras e vereadores em 2024.

Entendo que esse trabalho dos deputados e prefeitos em busca de recursos para os municípios é extremamente importante. Valorizo o esforço de cada um. Porém, estou ciente de que essa é apenas uma política de transferência de verba e insuficiente para o pleno desenvolvimento de Santa Catarina. Me preocupo com o futuro.

Estou disposto a dialogar, vamos juntos encontrar o melhor caminho, não para mim, nem para os deputados, muito menos para o governador, mas para nosso partido e para nosso Estado.

Meu fraterno abraço e fiquemos todos com Deus”.

Antídio Aleixo Lunelli

PREFEITOS EMPAREDADOS?

Um trecho que diz que “lideranças estão sendo emparedadas por este governo”. No entanto, é preciso apurar melhor esta situação. O que aparenta entre os prefeitos, do Sul em especial, não só do MDB, mas do PP, PSDB, não é que esteja havendo pressão, mas sim reconhecimento deste governo pelo tom municipalista que tem dado à distribuição de recursos.

Não por acaso, quando foram chamados para jantar na Casa da Agronômica, os prefeitos de PP, MDB e PSDB – nesta ordem, foram em massa atender ao chamado de Carlos Moisés (Republicanos).

 

Foto-capa: Gabriela Kreutz