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MOISÉS QUER IR PARA UM PARTIDO MENOR PARA TESTAR SEU TAMANHO POLÍTICO

A saída de Gelson Merísio do PSDB abre nova perspectiva para para o jogo político de Santa Catarina. A reação mais imediata é que os tucanos ficam sem um pré-candidato a governador.

Embora o ex governador Leonel Pavan (PSDB) tenha colocado o nome à disposição, é certo que ele não tem o mesmo tamanho político da época da aliança feita com Luiz Henrique da Silveira (MDB – in memorian), que envolveu o MDB, PSDB e Democratas, que elegeu Luiz Henrique-Pavan e Raimundo Colombo ao Senado. Este era um outro momento político do Estado de Santa Catarina.

Apesar de ser um excelente quadro, Vinícius Lummertz, que se colocou como pré-candidato, não vive em Santa Catarina, está em São Paulo, onde é secretário de Turismo do governo de João Dória (PSDB), que deixa o comando do Estado no final de Março. Deve sair com ele boa parte de seus secretários porque o vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB), ao assumir, poderá escalar seu próprio time. Além disso, como governador, poderá disputar a reeleição a governador num cenário que tem na disputa Fernando Haddad (PT), Tarcísio Freitas (PL) e Márcio França (PSB).

Lummertz, além de dificuldades internas para ser o nome do PSDB, só teria razão de ser se João Dória (PSDB) estivesse num grande momento, o que de fato não acontece. Ele tem raízes familiares no Sul de Santa Catarina, histórico de militância e ocupação de espaços pelo MDB, mas não vive o Estado. Os demais nomes já estão na estrada há muito tempo.

Os principais nomes do tucanato catarinense, prefeito de Criciúma Clésio Salvaro e a deputada federal Geovânia de Sá, parecem enxergar no momento as dificuldades de um projeto majoritário e apontam para o caminho mais pragmático. Salvaro deve completar o segundo mandato (2021-2024) a frente da Prefeitura e a deputada deverá buscar sua terceira eleição na Câmara Federal.

Estes fatores – saída de Merísio e ausência de nomes que possam fazer a diferença no tabuleiro – abrem  novamente a perspectiva de o PSDB buscar receber a filiação de Carlos Moisés (sem partido). Resolveria o problema de manter MDB e PP próximos e ele, Moisés, não iria para um partido tão pequeno como Avante, PSC e até Republicanos, que só tem um deputado estadual. Neste caso, ainda poderia manter partidos menores em sua órbita e reposicionar seu grupo que quer ter como candidatos a Assembleia Legislativa e ao parlamento federal.