A Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou nesta quinta-feira, dia 30, a Operação X-con contra uma quadrilha envolvida com o “golpe dos nudes”. A ação resultou em 20 prisões por extorsão, estelionato e associação criminosa, no entanto, 32 suspeitos são investigados. O grupo movimentou mais de R$ 5 milhões em cinco meses aplicando o golpe.
Foram 44 mandados judiciais de busca e apreensão, 32 prisões preventivas, 25 quebras de sigilo bancário, 12 sequestros de veículos e um sequestro de imóvel, além de 32 bloqueios de mais de 200 contas bancárias. Cerca de 250 policiais civis foram mobilizados para a operação, que apreendeu dinheiro, armas, munições, telefones celulares e cartões bancários. De acordo com as investigações, a organização criminosa atuava no Rio Grande do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso, Tocantins e Pernambuco.
A quadrilha utilizava nomes de delegados do estado para fazer vítimas. Um caso parecido chegou a ser registrado em Turvo, quando um telefone usando a foto de perfil de um delegado pediu dinheiro alegando que estava sendo expedido mandado de prisão contra a vítima após ela trocar fotos íntimas com outro perfil falso. O dinheiro seria para arquivar o processo.
Todo o esquema é armado pela quadrilha para a vítima acreditar que está conversando com alguém de boa aparência e bastante jovem. No decorrer da conversa há a troca de fotos íntimas, e é quando outro personagem entra na conversa, se dizendo pai da jovem e exigindo dinheiro para não denunciar o caso às autoridades. Neste momento, também é comum o surgimento do delegado ou policial.
Durante o golpe os criminosos chegavam a pedir de R$5 a R$ 15 mil para as vítimas.
