No último sábado, 10, foi divulgada uma nota através da imprensa, apontando que o Governo do Estado estaria insatisfeito com algumas Organizações de Saúde de Santa Catarina, inclusive o IMAS, que administra mais de 10 unidades de Saúde no Estado, assim como, o Hospital Regional de Araranguá. O diretor Executivo do IMAS, Douglas Claudio, afirmou que essa nota gerou certa revolta até mesmo nos servidores contratados pelo Instituto. “Hoje temos 80 leitos de UTI em funcionamento e o Instituto é feito por pessoas, que nesses meses todos arriscaram a vida para combater essa pandemia. Os colabores estão revoltados com essa nota porque fala sobre insatisfação e se o IMAS está deixando o Governo insatisfeito, então engloba também nossos colaboradores, que estão à frente nessa pandemia”, diz.
Segundo o diretor, não existe problema por parte da OS com o Governo do Estado. “Somos a Organização de Saúde que mais implantou leitos em Santa Catarina. O que acontece é que o secretário faz alguns apontamentos que destorcem a realidade. Ele fala que em 2020 tiveram atendimentos suspensos, por conta do decreto que suspende atendimento eletivos de Abril até o final de Agosto. Nós fechamos os atendimentos eletivos por conta do decreto, mas nossos custos aumentaram. O que realmente gerou de economia com esse decreto foi o fechamento da Policlínica”, explica.
O diretor ainda comenta que o IMAS conta com o apoio da Amesc e prefeitos da região. “O Hospital Regional de Araranguá durante o enfretamento à Covid-19, recebeu pacientes também de outras cidades do Sul do Estado. O IMAS não tem medido esforços para manter o atendimento, mesmo com todas as dificuldades financeiras. Hoje o déficit do HRA ultrapassa R$ 14 milhões e esse desequilíbrio financeiro começou em Abril, no alto pico da pandemia”, expõe.
Existe também uma auditoria que já tem sido realizada pelo Governo do Estado no HRA há algum tempo. “No dia 29 de Junho, estive juntamente com o diretor do HRA e o diretor do Hospital Florianópolis, pra colocar a situação de ambos hospitais ao secretário de Saúde. Eu afirmei que o auditor que ele mandou, em cargo de confiança, esteve no HRA no dia 22/6 e ainda não havia saído nenhum relatório. Ele nos garantiu que até o dia 6/6 nos daria algum retorno sobre a auditoria. Hoje, 13/7, ainda não o obtivemos. Na última quinta, o secretário André, pediu que dois auditores daqui da região fossem até o HRA para verificar se os leitos estavam abertos. Nós estamos com todos os leitos no Sisreg (Sistema de Regulação), não temos nada a esconder e estamos sempre de portas abertas para a Secretaria de Estado”, pontua o diretor.
O diretor diz que algumas reuniões foram feitas para atualizar os servidores de toda a situação. “Deixamos claro que nenhum servidor será prejudicado por conta desse impasse que está ocorrendo entre a Secretaria e o Instituto Maria Schmitt”, finaliza.
O IMAS ainda divulgou nesta terça-feira, 13, que “sensibilizados com as últimas notícias que sugerem insatisfação da SES com Organizações Sociais que fazem a gestão de unidades de saúde, os colaboradores do IMAS irão promover uma mobilização em reconhecimento ao comprometimento da Instituição com todas as suas obrigações administrativas, afirmando satisfação com o jeito IMAS de administrar. O IMAS irá realizar um abraço em torno de TODAS AS SUAS UNIDADES ADMINISTRADAS, como um gesto simbólico de gratidão a dedicação diária destes profissionais nesta quarta-feira, 14, às 13h em Balneário Camboriú, Florianópolis, Criciúma, Maracajá, Araranguá, Nova Veneza, Timbé do Sul, Sombrio e Osório”.
Confira a nota de esclarecimento publicada pelo IMAS nesta segunda-feira, 12, na íntegra:
Confira a entrevista completa com o diretor Executivo do IMAS, Douglas Claudio, no Conexão Sul desta terça-feira, 13:
