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Com crise, mercado livre de energia atrai mais empresas

Durante o primeiro semestre de 2020, Santa Catarina registrou 104 novas empresas que migraram para o chamado mercado livre de energia, segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O Estado foi o sétimo do país em número absoluto de adesões no período, o que compreende um avanço importante na migração – inclusão de cerca de 2,5 mil empresas a nível nacional.

Com a alta, o Brasil chegou a 8 mil empresas no mercado livre que, juntas, são responsáveis por 35% do consumo. O mercado livre é uma espécie de condição especial de mercado dada a grandes consumidores, o que permite a negociação direta com geradores e comercializadores. Neste momento, empresas menores têm aderido, como redes de supermercados, pequenas indústrias e alguns estabelecimentos agropecuários.

Segundo o diretor da consultoria em energia Enercons, Ivo Pugnaloni, essa tendência é “permanente e irreversível” e ganhou espaço em meio à pandemia. “Quando tudo vai bem, ninguém pensa em reduzir custo. Agora é o contrário. E a energia elétrica é o segundo, terceiro maior custo nas empresas”, disse. Apesar disso, afirma, o movimento vinha crescendo antes mesmo da chegada da doença. “A busca pelo consumo no mercado livre começou bastante tempo atrás. Não foi só a Covid-19”, complementou.

A migração para o mercado livre pode gerar uma economia de até 30%, dependendo do setor. Para que a adesão possa atingir mais empresas, tramita um Projeto de Lei no Congresso Nacional que reduz gradativamente o consumo mínimo exigido. Hoje, quase 300 comercializadoras vendem energia fora do mercado cativo no país. E há mais 200 esperando licença para operar.