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Autoridades e comunidade querem manter escola da Barranca aberta

A Audiência Pública marcada pela Câmara de Vereadores de Araranguá para debater o possível fechamento da Escola de Educação Básica Professora Otília da Silva Berti, no Bairro Barranca, levou pais e autoridades da cidade a debater o tema e buscar soluções nesta noite gelada de terça-feira, dia 20

Pelo que foi dito, o município tem condições de liberar alvará de funcionamento, apesar de área estar na chamada cota 5, considerada área de risco, que está proibida de receber reformas e melhorias. Desde a gestão a passada, o Governo do Estado já havia fechado outras escolas que tinham ficado “obsoletas”. No caso da Barranca, além da redução de alunos, a argumentação era de que o Estado estava impedido de mexer na escola. Representando a secretaria de Educação do estado, Rosane Castelan falou sobre a colaboração que o poder municipal pode dar para equilibrar a discussão, sugerindo que a escola seja usada também para outros projetos. “Precisamos do aval do poder público municipal para podermos fazer reformas, já que ampliação não é permitida. Uma outra questão é: vamos abrir turmas, mas a escola não se encherá de uma vez.

Haverá espaços ociosos e a secretaria de estado pede que estes espaços e este tempo seja usado para ações sociais, com adolescentes e crianças que perambulam pela rua”, comentou. José Hilton Sasso, que é presidente do Samae, esteve na reunião e defendeu que a escola continue funcionando, garantindo, inclusive, que a classe política irá lutar. “Os filhos, a comunidade da Barranca é que é mais importante. Existem muitas informações técnicas, que é área de risco, mas enquanto houver morador, eles tem o direito a te saúde, educação e segurança. Vamos brigar por isso”, disse.

O presidente da Câmara de vereadores de Araranguá, Daniel Viriato, concordou, colocando a si e a outros parlamentares, à disposição da população e do governo do estado. “Digo que a Câmara está de braços abertos a todos, e juntos, mudaremos este cenário”, pontuou. Segundo  coordenador da Defesa Civil de Araranguá, Sebastião, para que a escola continue funcionando, basta que algumas medidas sejam tomadas, como a elaboração de um eficiência protocolo, que deve ser seguido quando houver alerta de enchente. “Hoje conseguimos prevenir se haverá enchente ou não. Estando a escola em uma área de risco, ela pode continuar funcionando? Pode. desde que haja um bom plano de contingência para que, quando o alerta for emitido, alunos e professores saibam o que fazer, para onde ir e para onde levar o material que precisa ser salvo”, declarou.

Rogério Pessi, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Araranguá, também esteve no encontro, e usou seu próprio exemplo para destacar a importância de manter a escola funcionando em plenas condições. “Estudei aqui de 1976 a 1979, terminei aqui na 4° e foram as melhores anos da minha vida, me senti em casa, É importante que as crianças estudem assim, perto de sua casa, com professores que conhecem suas famílias”, disse. Como estavam à mesa a gerente regional de Educação e representantes do paço municipal, ficou alinhavado que haverá ajuda mútua para manter a escola aberta. A Audiência Pública foi solicitada pelos quatro vereadores da bancada do Progressistas na Câmara de Araranguá.