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Relatório da PM reflete mais segurança no sul de SC

Segundo o coronel Barreto, os roubos caíram em 50%, enquanto que o índice de acidentes com vítimas recuou em mais de 13%
 
Os números chamam a atenção, mas de um modo positivo. Um relatório divulgado pela 6° Região da Polícia Militar de Santa Catarina nesta quarta-feira, aponta índices relacionados à segurança pública nas regiões da Amrec e Amesc, no sul catarinense. Só em junho, 15 armas foram apreendidas, o número de roubos caiu em mais de 50%, acidentes com vítimas foram reduzidos em 13,1% e o índice de furtos também recuou, caindo em mais de 4%. 
Segundo o Coronel Cosme Manique Barreto, que é responsável pela 6° Região, os números são efeito de um trabalho mais focado em prevenir do que em remediar. “Estamos com uma visão diferenciada sobre prevenção, buscando sempre a antecipação. Até o mês de junho, tivemos um ano muito bom. Foram 108 armas apreendidas e isso é fruto da constante abordagem de veículos e pessoas. As ações de blitz e busca pessoal, buscas em bares, onde sabemos que a situação é mais problemática, tem trazido esse resultado”, explica. 
As apreensões de droga também foram expressivas, com 19 quilos de entorpecentes sendo pegos em diferentes operações, isso só em junho. A maconha lidera o ranking das apreendidas, com mais de 15 quilos. Mais 1,60 quilo de cocaína e 2 quilos de crack também foram apreendidos. “No tocante às drogas, através do Serviço de Inteligência, atuamos naqueles lugares onde há informação de ser um ponto de drogas, onde acontecem também muitos furtos, e estamos tem êxito nas abordagens”, comenta o coronel.
Especificamente sobre os 15 municípios da Amesc, o coronel garante que, apesar de algumas situações criminosas serem mais comuns por aqui, a preocupação com a segurança pública por parte da PM é a mesma em todo o espaço de abrangência da 6° Região. “Sempre temos uma preocupação com o extremo-sul pela proximidade com o estado gaúcho. Algumas ações de grande porte que aconteceram na região no passado, tiveram participação de marginais no Rio Grande do Sul. Por isso, atuamos, até na própria temporada de verão, com aumento de efetivo, o que se mostrou depois, uma decisão acertada”, explica. O coronel ainda relata que mais policiais foram remanejados, no final dos anos 2016 e 2017, para cidades como São João do Sul, Praia Grande e Passo de Torres. “Hoje, mantemos as mesmas ações preventivas nas duas regiões, porque não vemos distinção entre Amrec e Amesc. Se preciso, há o apoio com os cães que temos em Criciúma, as ações são iguais, salvo algum programa específico por situações extra-quartéis”, completa.
Analisando amplamente a situação da segurança no sul catarinense, Barreto diz que a região está mais segura com as ações da PM, e usa números para, mais uma vez, ilustrar essa realidade. “Estamos em um ano mais tranquilo, apesar de um início problemático com relação ao número de homicídios. No ano passado, tivemos 54 homicídios em toda a 6° região, ou seja, 8,5 mortes para cada 100 mil habitantes, que é um número expressivo”, diz. Ainda segundo o coronel, os índices catarinenses são de cerca de 15 homicídios a cada 100 mil habitantes, enquanto que no país, são mais de 30 homicídios a cada 100 mil. “Manter fica difícil, já que tivemos um ano com poucos homicídios m 2018, mas esperamos que, pela instabilidade que temos no momento, de que tenhamos um ano com acréscimo pequeno”, completa.
Ainda sobre o relatório, o coronel diz que, a divulgação dos resultados das ações ajuda a população a conhecer mais do que a polícia tem feito e ainda se sentir mais segura. “Falamos quando os números são favoráveis e explicamos o motivo quando eles não são. E às vezes, os números são expressivos por causa de um determinado período e o problema já foi sanado.Por exemplo, no início do ano passado tivemos um grande número de roubos de camionetes, e depois de poucos meses dessas ações, conseguimos, com apoio da Polícia Civil, fazer diversas prisões e sanar o problema. tanto que tivemos uma redução grande de roubos”, conclui.
A 6° Região compreende os 15 municípios do extremos-sul, além dos outros 12 da região carbonífera. Os números refletem a realidade nestas áreas.