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Pelo Estado 17 de julho: Xisto não pode ser explorado em SC

Xisto não pode ser explorado em SC

No penúltimo dia de trabalho antes do recesso parlamentar do meio do ano na Assembleia Legislativa, passou por todas as comissões pertinentes e foi aprovado em plenário o projeto de lei que proíbe a exploração de xisto em Santa Catarina. A votação aconteceu com a presença de representantes de comunidades do Planalto Norte, na maioria de Papanduva, municípios que corriam o risco de perdas ambientais com a exploração desse tipo específico de rocha. A proposta foi apresentada pelo deputado Valdir Cobalchini (MDB) e recebeu emenda substitutiva global com dados técnicos que comprovam os elevados riscos ambientais.

Cobalchini deu um ritmo acelerado à tramitação para, segundo ele, diminuir a angústia dos moradores da região que poderia ser atingida. O deputado petista Fabiano da Luz promoveu audiência pública sobre o assunto, no mês passado, em Papanduva. Ele destacou que também o estado do Paraná proibiu a exploração de xisto em seu território. A preocupação aumentou com o crescente número de municípios pedindo licenciamento. O apelo foi entendido pelos deputados, que aprovaram o projeto com 31 votos favoráveis. Agora o projeto vai para análise do governador Carlos Moisés, que pode acatar a decisão do Legislativo ou vetar, assumindo o risco de ter o desgaste do veto ser rejeitado na Assembleia.

Tempo reconhecido

A Assembleia Legislativa aprovou por unanimidade, nessa terça-feira, o projeto de lei complementar, de autoria do Poder Executivo, que modifica os critérios para a contagem do tempo de serviço de policiais e bombeiros militares, reconhecendo a antiguidade para a promoção de praças. “A antiguidade é um direito adquirido dos praças e deve ser respeitado. Atende policiais mais antigos, muitos com 20 ou 30 anos de serviços prestados, dando segurança jurídica para eles”, destacou o deputado Coronel Mocellin, que relatou a matéria e trabalhou pela celeridade na tramitação. No centro da foto, ao lado de Mocellin, o também militar e deputado Sargento Lima. Ambos são do PSL.

Vale lembrar 

que logo outra matéria semelhante à da proibição do xisto deve passar pela Assembleia. Moradores do município de Anitápolis, na Grande Florianópolis, permanecem mobilizados há anos contra a instalação e operação de uma fosfateira na cidade. A área pertencia à Vale Fertilizantes (Vale) e foi vendida para a Mosaic no começo do ano passado. A nova detentora tem sede nacional em São Paulo e origem nos Estados Unidos. De acordo com debates na Câmara de Vereadores da cidade, o plano de mineração de fosfato e de instalação de uma fábrica de ácido sulfúrico na área rural de Anitápolis atingiria o santuário ecológico da Serra do Tabuleiro.

Ficou para hoje

 a votação de um dos temas mais polêmicos do primeiro semestre no Legislativo estadual: os incentivos fiscais. A sessão acontecerá já a partir da manhã e há acordo para aprovação. No entanto, setores empresariais pedem que, uma vez que o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) adiou para o dia 31 de agosto o prazo para apresentação dos planos de benefícios dos estados, a decisão seja adiada em Santa Catarina.

Preços mais altos 

A Federação das Indústrias (Fiesc) alerta que haverá aumento de preços no começo de agosto de itens como café, trigo, produtos de informática, água mineral, pescados, cerâmica vermelha, pré-moldados e laticínios, além de produtos de pequenos frigoríficos caso os projetos de incentivos sejam mesmo aprovados hoje. Essas linhas não foram protegidas e serão tratadas em “projetos de rescaldo” no segundo semestre, de acordo com o secretário da Fazenda, Paulo Eli. Enquanto os projetos específicos não são apresentados e aprovados, os preços trarão o impacto do aumento de alíquota do ICMS.

Olha o golpe!  

Golpistas usam mensagens da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) acerca de cobranças de irregularidades. Nos últimos dias, a Celesc vem registrando casos de consumidores da companhia que teriam recebido os avisos. A Aneel informou que só mantém contato com consumidores que previamente acessaram a Ouvidoria Setorial. Mesmo assim, o consumidor é notificado de forma individualizada, com identificação nominal do reclamante e o número de registro da sua solicitação. “Em nenhuma hipótese a Aneel encaminha e-mails que remetem a links para fazer download ou consultar informações, e tampouco com faturas ou cobranças”, diz o aviso da Agência. Se você receber uma mensagem suspeita envolvendo Celesc e/ou Aneel, tire a dúvida pelo 167. A ligação é gratuita.