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Júri popular condena dupla há mais de 8 anos de prisão

Em um julgamento que teve mais de 20 horas, o júri popular, composto por 7 integrantes, acompanhou a tese do Ministério Público e condenou Gabriel Patrício Leandro, o Pit, e Luciano Silvério Rodrigues, a 8 anos e 3 meses de reclusão. A dupla já cumpriu 1 ano de prisão, que deverá ser comutado da pena. Crime teria ocorrido em uma festa, em maio de 2018. 

 

Araranguá

O crime teria acontecido na madrugada de 13 de maio de 2018, há um ano. O Tribunal iniciou os trabalhos por volta de 9 horas da manhã no Fórum Colombo Salles, de Araranguá. Os réus, presos desde 6 de junho de 2018, foram submetidos ao crivo de um júri popular.

O tribunal do juri foi presidido pela juíza Luiza Cachoeira Pavei. Gabriel Patrício Leandro, o Pit, e Luciano Silvério Rodrigues, foram presos acusados de agressão a Pablo César Machado, vítima de tentativa de homicídio, e Guilherme Graziel Wrasse, que foi agredido, mas conseguiu se livrar após ter sido ajudado pela namorada e por pessoas que estavam no local na hora da briga que envolvia muitos jovens, a maioria menores de 18 anos.

O fato ocorreu durante uma festa no Pub Morro dos Conventos, chamada “Miga sua loka. Meu nome é Vaca”, graças do nome da atração DJ Vaca.

Gabriel e Luciano foram acusados de agredir, com ajuda de um grupo de adolescentes, a Pablo, Guilherme e outras vítimas que o Inquérito Policial não conseguiu identificar. 

O que disse a acusação?

A acusação pelo Ministério Público foi feita pelo Promotor Ricardo Gabriel Zanon Meyer, que usou da palavra por quase duas horas para tentar provar que os dois acusados, que estavam presos desde junho de 2018, não só eram agressores como tinham controle sobre um grupo de menores de idade, para isto tentando aumentar a qualificadora por “corrupção de menores”.

As testemunhas contaram que as vítimas que registraram um boletim de ocorrência e outras que não foram identificadas, foram agredidas com garrafas, capacetes, paus e até com uma tampa de vaso sanitário.

Foram diversos momentos de brigas generalizadas, mas uma delas de destaca porque Pablo César foi agredido com tanta violência no banheiro do pub que pessoas relatavam que ele havia morrido. Foi encontrado grogue, encharcado em sangue, com o pescoço cortado (um audiovisual gravado e que foi anexado nos autos).

Pela manhã foram ouvidas testemunhas der defesa e de acusação. Os acusados alegam inocência das acusações. Um dos indiciados, Ramon Machado Marchesini, por falta de provas, foi inocentado por indicação do Ministério Público.

Meyer pediu a condenação e ampliação da pena por três qualificadoras: crueldade; motivo torpe (arquivada) e impossibilidade da vítima se defender – no caso de Pablo.

O que disse a defesa?

Renan Cioff, advogado de defesa de Gabriel Patrício, disse que não há provas de que eles eram de fato os agressores. Isto, porque duas testemunhas de acusação teriam mudado o depoimento inicial dado a autoridade judicial. Em juízo, a versão apresentada teria sido contraditória.

Além dele, o advogado Vicente Machado, que defende Luciano, alegou que não houve preservação de provas, e que mesmo sem prisão em flagrante, os acusados estão presos há quase um ano. Vicente ainda comentou sobre o laudo médico, que apontou que não houve intenção de matar as vítimas.

Pediram o inocentamento dos acusados, ou, no máximo, crime de lesão corporal.

 

Sentença proferida

Gabriel Patrício Leandro, o Pit, foi condenado por tentativa de homicídio duplamente qualificado – por crueldade e por não permitir a defesa de Pablo; por lesão corporal leve; mas foi absolvido no caso da corrupção de menores. Sem antecedentes criminais.

Sentença: 8 anos em regime fechado pela tentativa de homicídio e mais 3 meses em regime aberto pela lesão corporal leve – total 8 anos e 3 meses de prisão;

Luciano Silvério Rodrigues, foi condenado por tentativa de homicídio duplamente qualificado – por crueldade e por não permitir a defesa de Pablo; por lesão corporal leve; mas foi absolvido no caso da corrupção de menores. Sem antecedentes criminais.

Sentença: 8 anos em regime fechado pela tentativa de homicídio e mais 3 meses em regime aberto pela lesão corporal leve – total 8 anos e 3 meses de prisão;