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Morte de Bruno Covas representa grande perda para o PSDB

O câncer interrompeu a trajetória de um político promissor. Bruno Covas (PSDB) perdeu a batalha no comando de umas das maiores cidades do planeta, São Paulo. Antes de ser vice na chapa de João Doria (PSDB) e juntos vencerem as eleições, Bruno havia sido deputado estadual e deputado federal.

Como vice, logo que o prefeito Dória decidiu renunciar para ser candidato a governador, o vice acabou herdando o mandato para complementar.

Bruno, natural de Santos, teve a gestão aprovada e foi reeleito prefeito paulistano em 2020, derrotando no segundo turno Guilherme Boulos (PSOL), com quase 60% dos votos.

Era neto de um dos maiores políticos pós-ditadura militar, Mário Covas Júnior, que foi senador e governador de São Paulo (1995 a 2001, quando faleceu com câncer). Covas foi um dos fundadores do PSDB ao lado de Fernando Henrique Cardoso e André Franco Montoro, e um dos nomes mais influentes da campanha “Diretas Já” em 1984. Em sua homenagem, uma das maiores rodovias do país, a BR-101, que vai do Rio Grande do Sul a Fortaleza, foi batizada de Rodovia Mário Covas.

Bruno, formado em Direito e Economia, tinha o DNA político do avô e, certamente, alçaria voos mais altos, o que representa uma perda política para os tucanos, que estão em processo de renovação política.

Bruno Covas teve uma atuação relevante no combate à pandemia da covid-19. Mesmo enfrentando um câncer no estômago desde 2019, ele lutou até o fim com a esperança de vencer a luta contra a doença.

O MDB volta a comandar São Paulo, maior cidade do país, pelas mãos do vice-prefeito Ricardo Nunes (MDB), ex vereador municipal. O agora prefeito efetivo decretou 7 dias de luto oficial.