Começa, nesta sexta-feira, dia 16, a entrevista com o candidato a prefeito de Araranguá César Cesa. Já na abertura da entrevista, Cesa diz:
“Tenho vocação para ser gestor e tenho um companheiro muito leal, que é o Tano”, e defende que um bom gestor deve ser “um bom trabalhador, capacidade administrativa e acima de tudo ser honesto”.
Sobre a educação, Cesa proposta novas ações no currículo escolar, como mais ensino relacionado à cultura, mas defende que o orçamento público deve ser respeitado. Creches noturnas também fizeram parte da conversa.
“Precisamos discutir educação com a população”, pondera.
Ao falar de esporte, Cesa defende que Araranguá precisa investir mais no setor e se igualar a municípios menores da região, mas que estão mais avançados na promoção de atividades esportivas.
“É preciso que haja uma fundação para atrair recursos para os esportes que existem em Araranguá, como skate, boxe, muai thai”, diz.
Na saúde, Cesa sugere que haja um regime de mutirões para zerar filas relacionadas a exames e procedimentos, além da busca ativa de recursos.
“É preciso ter vontade, disposição e ir atrás desses recursos. Agora, ficar falando que o município faz, e tal…”, lamenta. Ele também levantou questionamentos relacionados ao potencial de setores como o Ambulatório de Álcool e Outras Drogas, mas admitiu que para o Bom Pastor, é preciso “ter uma mão mais firme”.
Quando o tema é geração de emprego e renda, Cesa diz que é preciso valorizar as empresas locais, e que pensa em erguer uma incubadora de empreendimentos na BR-101.
“Penso em colocar ali na Sanga da Toca. Eu levantei que há 277 pequenos negócios em Araranguá, que produzem de tudo. O que é que o poder público municipal fez para desenvolver essas empresas nos últimos anos em Araranguá? Nada”, comenta.
Já sobre a atração de novas empresas, Cesa aposta no crescimento do número de carros passando pela região por causa da pavimentação da Serra da Rocinha. Porém, é preciso pensar grande.
“Precisa mexer na lei. Ninguém está falando sobre isso. Se uma empresa grande quiser vir para Araranguá, eu vou buscar”, pontua.
Cesa criticou a velocidade com que a inovação tecnológica está ocorrendo no município, comparando o desenvolvimento a “passos de tartaruga”.
“Hoje o mundo está voltado para isso. A cidade que se envolver em robótica, ali na frente estará enchendo a cidade de dinheiro. Todos só falam em startups, mas o futuro do mundo são os robôs”, acrescenta.
O candidato aproveitou para defender seu partido, elencando nomes como o do prefeito de Sombrio, Zênio Cardoso e do prefeito de Turvo, Tiago Zilli, como bons administradores.
Cesa fala também sobre o desenvolvimento econômico de Araranguá chamando atenção para a região norte de Araranguá, além de atentar para o fortalecimento da agricultura. E ementando com o setor turístico, o candidato diz que o município precisa incentivar o desenvolvimento na região.
“Temos que voltar a ser o protagonista do Vale do Araranguá. Quero fazer um eixo gastronômico, porque só se faz turismo onde se tem comida, onde a cidade é limpa, onde se tem banheiro químico, e buscando parceria público-privada. O município deve ser o animador”, conclui. Cesa também levantou a questão do Geoparque, programa que já está em andamento e que deve atrair muitos turistas para a região, inclusive Araranguá.
No Social, área que consome muitos recursos no município, Cesa lembrou do prédio do BR Shop, onde ele acredita que o município precisa agir, além do prédio da antiga Cruz Vermelha, entre outras estruturas em condições precárias. Para ajudar a combater o problema, o candidato propõe que sejam feitas parcerias com entidades como Igreja Católica, Lions e Rotary.
“Tem muita gente querendo ajudar a cidade. Não adianta querendo fazer assistência social só com projeto bacana, o cara precisa comer todo dia. Tem muita gente aqui que passa dificuldade. 47,19% da população de Araranguá vive com menos de um salário mínimo, são dados do IBGE. Temos que melhorar o emprego, trazer tecnologia, melhorar o turismo”, defende.
Para ajudar famílias em dificuldades, Cesa sugere um banco de materiais de construção, recolhendo doações de materiais para que essas famílias possam construir suas casas.
“Você tem que fazer um loteamento popular. prometer casa para todo mundo é devaneio. Eu acho que a pessoa tem que ter posição e firmeza naquilo que ele diz”, acrescenta.
Cesa, quando questionado em relação à obras, disse que é preciso deixar uma base de asfalto com antecedência, ao invés de investir logo em uma usina de asfalto.
“Garanto que vamos asfalto o triplo do que está sendo feito agora e com um preço muito menor”, comenta. Cesa foi categórico ao negar a possibilidade de consorciar o asfaltamento com outros municípios, como muitos da região já fazem. “Onde passa carga pesada em cima, tem que ter base alta e asfalto em cima”, completa.
Sobre a mobilidade urbana, o candidato defendeu a uniformização das calçadas, e construção de faixas ciclísticas.
O último tema da conversa foi agricultura. Cesa chamou atenção para a falta de um secretário de agricultura no município.
“É impossível”, disse.
