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Alunas conquistam medalhas em olimpíada de Astronomia

Interessadas em planetas e astros, estudantes sombrienses venceram obstáculos e alcançaram boas notas, incentivando outros alunos a pesquisarem sobre o cosmos

Sombrio

Olhar para o céu pode ser fascinante para algumas pessoas, mas para Andrielly Oliveira Gomes, Laís Stuart Velho e Maiara dos Santos de Matos, os mistérios do cosmos são bem mais que isso. As três, alunas da escola de Ensino Básico Municipal professora Nilza Matos Pereira, de Sombrio, conquistaram medalhas após tirar as melhores notas nas provas da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, a OBA. De acordo com o professor Davi Pacheco Leandro, a escola, no ano passado, conseguiu boas colocações na Olimpíada de Ciências, o que rendeu um convite para participar da OBA em 2021. Ao aceitar o convite, ele e um grupo de alunos tiveram que se adaptar e se preparar para a avaliação, que tem um nível de complexidade elevado. “Desde o sexto ano a gente vai preparando eles com esses conteúdos em sala de aula. Mas a prova é muito difícil, eu analisei. Tivemos ótimas notas de outros alunos também”, celebra.
O grupo pouco se reuniu pessoalmente para estudar, e com muita disciplina, cada um da sua casa, responderam a questões e fizeram pesquisas baseadas nas lições do professor, enviadas pelo Whatsapp. “Mandei tudo para elas por lá, elas se prepararam de casa. Além disso, claro, tinham os conteúdos da sala de aula”, continua.
Maiara, que tirou 8,4 na prova, apenas 0,6 pontos de atingir a média para a classificação internacional, conta que foi uma prova complicada, mas que se dedicou e na hora h, focou no objetivo de conquistar um bom resultado. “Eu queria realmente tentar. Fiquei muito nervosa, passei do horário de saída, e foi bem tenso. Mas consegui concluir”, comemora.
Feliz com sua nota, ela diz que é “curiosa com astronomia” e que quer estudar mais sobre o assunto.
Já Andryelly, estudante do 9° ano e que pontuou 7,6 na OBA, timidamente diz que não acreditava que conseguiria ir tão longe, mas que na hora de responder às perguntas, espantou a insegurança e se apegou no gosto pelo estudo do espaço. “Acho bem curioso esse tema, e foi o que me chamou atenção. Foi muito interessante”, relata.
A terceira medalhista da prova foi Laís, com uma nota 7,8. Ela ama falar de planetas e astros, e teve que enfrentar muito nervosismo para responder às questões. “Eu realmente estava nervosa, não tinha noção que conseguiria. Depois que terminou, saiu um peso das minhas costas e foi muito legal, porque astronomia é o que eu mais gosto de estudar”, comenta.
As três ainda não sabem se vão estudar astronomia em uma universidade, mas entendem que o futuro é de quem o busca com dedicação, mesmo que ele esteja nas estrelas.

Escola premiada

A OBA é apenas uma das provas em que os alunos da EEBM Prof° Nilza Matos Pereira conquistaram boas notas. Apesar de ficar em uma área que frequentemente figura nas páginas policiais da região, a instituição tem uma equipe dedicada a educar para o futuro.
“Ganhamos muitas premiações, mas isso não é visto muitas vezes. Temos muitas coisas lindas. Para nós é uma honra ver meninas que se dedicaram com uma pontuação tão alta e um professor maravilhosa”, comenta a diretora da escola, Sônia do Canto.
Ela ressalta que os resultados foram conseguidos com o empenho do corpo pedagógico e administrativo, que fazem muita diferença e motivam outros alunos a buscarem a educação como porta de entrada para um mundo melhor. “Só tenho a agradecer”, conclui.