O governador Jorginho Mello (PL) não passa com sua comitiva por nenhuma cidade/município catarinense sem tornar esta passagem em um evento, o que é compreensível porque já faltam apenas 523 dias para encerrar o atual mandato e 435 dias para as eleições de outubro de 2026. O que era para ser um “café com a imprensa da Região do Vale do Araranguá e da Região Carbonífera” virou um misto se reprise do “Santa Catarina Levada à Sério” e palanque para entrega de ordens de serviço. Nesta passagem por Araranguá na sexta-feira (25) não foi diferente.
A secretária de Educação Luciane Ceretta trouxe anúncios importantes para a região do Vale do Araranguá. Assinou ordens de serviço de R$ 2 milhões para reforma total da EEB Governador Irineu Bornhausen, em Sombrio, e mais R$ 3,4 milhões para construção da quadra da EEB Maria Garcia Pessi, em Araranguá. Outra questão de menos peso, mas que acaba ganhando relevância é a entrega de ordens de serviços para melhoria na rede de energia. Simplesmente porque no governo Moisés foram comprados condicionadores de ar e as redes elétricas das escolas não comportavam esta demanda.
Tudo na presença dos deputados estaduais Tiago Zilli (MDB) e Zé Milton (PP), e prefeitos da Amesc.
O que foi falado?
-Luciane Ceretta e Jorginho Mello falaram sobre as 18 mil inconsistência apontadas pelo Tribunal de Contas no Programa Universidade Gratuita. Segundo eles são apenas 130 casos de fraudes, que estão sendo combatidos pelo governo;
-Que, das 1038 unidades escolares precarizadas, 35 estão recuperadas – R$ 75 milhões investidos em escolas do Sul; além de investimentos em videomonitoramento; gratificação de R$ 3 mil para professores; diagnóstico da educação estadual; cedup/Epagri no ensino técnico;
-A EEB Apolônio Ireno Cardoso, em Balneário Arroio do Silva, terá situação regularizada em agosto;
-Foi confirmado o retorno das aulas no prédio reformado da EEB Araranguá no segundo semestre e a licitação do Centro Cultural Célia Belizário de Souza;
-Que o Governo do Estado está empenhado em buscar a federalização da SC-285 (Araranguá, Ermo, Turvo e Timbé do Sul);
-Que os municípios terão um incremento de recursos para investir por meio do Programa Estrada Boa Rural!
-Municípios terão acesso a empréstimo para infraestrutura com 1 ano de carência e 4 anos para pagar. A capacidade média dos municípios é de R$ 250 mil/mês, o que pode representar R$ 12 milhões com juros pagos pelo caixa do Governo Estadual.
-Foi anunciada estrada auxiliar – 5,2km para dar alternativa ao trânsito no Morro dos Cavalos na Rodovia BR-101;
-A ponte Ilhas/Morro dos Conventos está perto de ter a licitação. Um problema na fundação no lado de Ilhas está recebendo a atenção da equipe do prefeito Cesar Cesa (MDB);
-Houve questionamento do Tribunal de Contas sobre a obra da ciclovia Araranguá-Balneário Arroio do Silva – 8km com investimentos de R$ 13,5 milhões;
-Estado chegou a 1 milhão de cirurgias, e segue investindo R$ 6 milhões no Hospital Regional de Araranguá;
-Jorginho Mello falou sobre investimentos em portos, aeroportos, rodovias (mais R$ 1 bilhão pro Estrada Bia Rural) e ferrovias para ligar 4 estados (SC, PR, RS e MS), e no Invest SC (substituto do SC Parecerias);
-A secretária da Sejuri entrou por chamada de áudio e falou sobre o aumento para 600 vagas para o Presídio Regional de Araranguá;
Com tempo reduzido para pergunta dos jornalistas, muitas questões sequer foram tocadas com o governador e secretários. Entre as perguntas que não foram feitas estão:
-Qual a postura do governo de Santa Catarina para apoiar os empresários no caso da ameaça de tarifaço de 50% do presidente Donald Trump?
-O governador Jorginho Mello irá se reunir com os governadores a pedido do governador de Goiás Ronaldo Caiado (União Brasil) para tratar de forma conjunta do tema?
-Não foi atualizada a situação das obras da SC-100 Rodovia Caminhos do Mar (falta 1 km para ligar Passo de Torres a Balneário Gaivota; falta ligação Balneário Gaivota-Balneário Arroio do Silva – continuidade é pela Avenida Santa Catarina), com interligação até a ponte de Ilhas;
-Paralisação da rede de gás natural depois de Araranguá;
-Investimento em rede trifásica de energia elétrica;
-Falta de investimentos dos molhes do Rio Mampituba, em Passo de Torres;
