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Em que o indiciamento de Bolsonaro implica nas eleições de 2026 no país?

O principal assunto da política nacional é a denúncia pelo Procurador-Geral da República, Paulo Gonet Branco, que aconteceu nesta terça-feira, 18 de Fevereiro, contra investigados por “crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de estado e organização criminosa (ORCRIM)”. Agora a denúncia segue para análise do Supremo Tribunal Federal (STF).

Foram apontados 34 pessoas nesta denúncia, entre estes O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL); o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin); o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

O suposto golpe militar, de acordo com a denúncia, teria sido engendrado entre 29/06/2021 e 08/01/2023, quando houve a invasão dos Poderes e o quebra-quebra que levou muita gente à prisão.

Haverá prazo para ouvir as testemunhas e amplo direto à defesa, mas, este julgamento pode arrastar-se por meses.

No contexto da Justiça Eleitoral, o ex presidente Jair Bolsonaro (PL) está inelegível, e, em tese, não estará habilitado para a disputa. Com este indiciamento, claro que acendem as ‘luzes de emergência’ para os aliados.

Agora é preciso observar como a população / eleitorado irá receber esta informação. O discurso da “perseguição política” já vinha sendo apresentado desde as eleições de 2022 e deve ser acentuar ainda mais agora.

Santa Catarina é um dos estados em que o bolsonarismo mais triunfou nos últimos anos – elegeu Carlos Moisés (PSL) e Jorginho Mello (PL) em sua esteira, e agora ponta para dois nomes: Jorginho, que disputa a reeleição, e João Rodrigues (PSD).

 

 

Veja a lista de denunciados por ordem alfabética:

  • Ailton Gonçalves Moraes Barros: foi candidato a deputado estadual pelo PL no Rio de Janeiro em 2022. É major reformado do Exército.
  • Alexandre Ramagem (PL): deputado federal, foi delegado da Polícia Federal (PF) e diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Bolsonaro.
  • Almir Garnier: almirante de esquadra que comandou a Marinha no governo de Bolsonaro.
  • Anderson Torres: foi ministro da Justiça no governo Bolsonaro, depois secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. A chamada “minuta do golpe” foi encontrada em sua residência.
  • Angelo Martins Denicoli: major da reserva do Exército. No governo Bolsonaro foi nomeado diretor de monitoramento e avaliação do Sistema Único de Saúde (SUS).
  • Augusto Heleno: Foi ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Jair Bolsonaro. General da reserva, foi comandante da Força de Paz da ONU no Haiti.
  • Corrêa Netto: coronel que queria a intervenção militar para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.
  • Carlos Rocha: engenheiro e dono do Instituto Voto Legal (IVL), que desqualificava o sistema eleitoral brasileiro, por supostas falhas graves nas urnas eletrônicas.
  • Cleverson Ney: coronel da reserva e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres.
  • Estevam Theophilo: general e ex-chefe do Comando de Operações Terrestres, do Comando de Operações Especiais, conhecidos como “kids pretos”, que pretendia matar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
  • Fabrício Moreira de Bastos: bacharel em Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras. É coronel e foi adido do Exército em Tel Aviv, capital de Israel.
  • Fernando de Sousa Oliveira: delegado da Polícia Federal;
  • Filipe Martins: ex-assessor internacional de Jair Bolsonaro.
  • Giancarlo Gomes Rodrigues: subtenente do Exército (Abin paralela).
  • Guilherme Marques de Almeida: o tenente-coronel que comandou o 1º Batalhão de Operações Psicológicas em Goiânia (GO).
  • Hélio Ferreira Lima: tenente-coronel da ativa do Exército, exonerado do cargo de comandante da 3ª Companhia de Forças Especiais, em Manaus.
  • Jair Messias Bolsonaro (PL): ex-presidente da República, ex vereador, ex deputado federal e militar da reserva do Exército.
  • Marcelo Bormevet: agente da Polícia Federal (PF), que, na gestão de Alexandre Ramagem na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), comandou do Centro de Inteligência Nacional (CIN).
  • Marcelo Costa Câmara: coronel do Exército e ex assessor especial da Presidência da República, no gabinete de Jair Bolsonaro.
  • Márcio Nunes de Resende Júnior: coronel do Exército;
  • Marília Alencar: ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça na gestão de Anderson Torres;
  • Mário Fernandes: general da reserva do Exército e ex chefe substituto da Secretaria Geral da Presidência e ex assessor do deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ).
  • Mauro Cesar Barbosa Cid: é tenente-coronel do Exército. Foi ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.
  • Nilton Diniz Rodrigues: é general do Exército e ex comandante do 1º Batalhão de Forças Especiais e do Comando de Operações Especiais, unidades militares localizadas em Goiânia (GO).
  • Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho: é economista e jornalista/blogueiro. Neto do ex-presidente João Figueiredo, ex comentarista da Rádio Jovem Pan.
  • Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira: é general da reserva. Comandou o Exército e foi ministro da Defesa na gestão Bolsonaro.
  • Rafael Martins de Oliveira (Joe): tenente-coronel da ativa do Exército, e do grupo de “kids pretos”.
  • Ronald Ferreira de Araújo Junior: tenente-coronel do Exército.
  • Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros: é tenente-coronel do Exército.
  • Silvinei Vasques: ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal e que está morando em Santa Catarina;
  • Reginaldo Vieira de Abreu: coronel da reserva do Exército, ex chefe de gabinete de Mário Fernandes (ex secretário-executivo da Secretária-geral da Presidência da República).
  • Rodrigo Bezerra Azevedo: acusado de tentar prender/executar o ministro Alexandre de Moraes.
  • Walter Souza Braga Netto: é general da reserva do Exército. Foi ministro da Defesa e chefe da Casa Civil durante o governo Bolsonaro, de quem foi candidato a vice-presidente em 2022.
  • Wladimir Matos Soares: é agente da Polícia Federal. Integrou o setor de inteligência da Secretaria da Secretaria de Segurança Pública da Bahia em 2008 e atuou na PF em Salvador antes de ser transferido para Brasília.