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Prefeito de Cocal do Sul entre os detidos na 2ª Fase da Operação Fundraising

A Operação Fundraising, deflagrada pelo GAECO e GEAC apuram desvio de recursos Públicos em Santa Catarina. Foram cumpridos 11 mandados de prisão preventiva, cinco de suspensão do exercício das funções públicas e 63 de busca e apreensão, expedidos pelo Tribunal de Justiça do Estado, em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul e na Capital Federal (Brasília/DF).

 

O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) e o Grupo Especial Anticorrupção (GEAC), em apoio à investigação conduzida pela Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos do Ministério Público de Santa Catarina, deflagraram a segunda fase da operação “Fundraising”, mas manhã desta quarta-feira, 19/06.

 

Em um primeiro momento são quatro os prefeitos presos:

  • Fernando de Faveri Marcelino (MDB) – Prefeito Municipal de Cocal do Sul (prisão)
  • Clori Peroza (PT) – Prefeita Municipal de Ipuaçu (prisão)
  • Marcelo Baldissera (PL) – Prefeito Municipal de Ipirá (prisão)
  • Mário Afonso Woitexem (PSDB) – Prefeito Municipal de Pinhalzinho (prisão)

 

Alvos de mandado de busca e apreensão:

  • Mauro Francisco Risso (MDB) – Prefeito Municipal de Jardinópolis
  • Emerson Ari Reichert (PT) – ex-Prefeito de Ipirá e empresário (mandado de busca e apreensão)
  • Edson Bez de Oliveira (MDB) – ex-Deputado Federal e empresário

 

 Operação atinge petistas

Uma novidade desta operação é que agora o PT não poderá mais dizer que não tem seus prefeitos envolvidos em corrupção. A prefeita de Ipuaçu presa e ex prefeito de Ipirá, alvo de mandado de busca e apreensão, joga por terra o discurso de que algum partido é imune à sedução de que a arrecadação de dinheiro mal havido. Onde há pessoas, há esta tentação por “se dar bem”.

Outro discurso que caiu por terra com uma série de operações que foram feitas nos últimos anos é que Santa Catarina não é um estado que existe corrupção. Se antes não havia tantas descobertas, é provável que o sistema de investigação e os órgãos de controle não tinham tantas ferramentas para descobrir. A impunidade sempre é um convite a quem pratica crimes. E a punição incentiva as denúncias.

 

Operação Fundraising

A operação busca desarticular possível organização criminosa. Um grupo empresarial é suspeito de praticar ilícitos contra a Administração Pública, com desvio de recursos públicos e fraudes em licitações, e recrutamento de agentes públicos e particulares para buscar ganhos ilícitos em prejuízo ao patrimônio público.  

O grupo criminoso atuaria com a finalidade de direcionar processos licitatórios em diversos municípios do Estado, para serviços de consultoria e de assessoramento para captação de recursos públicos, sem comprovação de qualquer atividade para beneficiar este grupo.

O cumprimento dos 11 mandados de prisão preventiva, dos cinco de suspensão do exercício das funções públicas e dos 63 de busca e apreensão, expedidos pela Quarta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), concentra-se em 23 municípios catarinenses, em um município do Rio Grande do Sul e em Brasília/DF.