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Hub Conecta aponta oportunidades de negócios e captação de recursos

Na manhã da última quinta-feira (25), no espaço do Hub Costa Serra Mar, no bairro universitário, em Araranguá, aconteceu mais uma edição do evento criado para inspirar empreendedores, uma jornada de descoberta, conexão e oportunidades de investimento. Assim como nas edições anteriores, o evento reuniu mentes inovadoras, investidores ávidos e startups promissoras para uma imersão no mundo da tecnologia e dos negócios disruptivos.

 

Como financiar projetos via Finep

Os jornalistas Natália e Everaldo Silveira apresentaram o Programa Voz do Sul, pela Post TV, diretamente do estúdio da cidade universitária. Depois de passar pelo Hub Conecta alguns dos participantes foram entrevistados para falar de tecnologia de inovação.

O primeiro convidado foi Marco Bruno, representante para o Sul do Finep – Financiadora de Estudos e Projetos, que é uma empresa pública vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, e cujo negócio é basicamente financiar a inovação.

 

Ele contou que estes aportes podem ser feitos através de quatro modalidades de apoio:

“1) Recursos não reembolsáveis para instituições de Ciência Tecnologia, universidades e os centros de pesquisa através de editais que são publicados em que as melhores propostas são contempladas com recursos financeiros. 2) Investimento em empresas. A gente compra participação em empresas de alta tecnologia justamente para apoiar o desenvolvimento delas. 3) Não reembolsável para empresas, subvenção através de editais. A gente seleciona as melhores propostas e dá dinheiro sem retorno às empresas para desenvolver projetos de interesse estratégico para o país (como desenvolvimento de fertilizantes, fabricação de semicondutores e utilização de inteligência artificial para prevenção de AVC). 4) Nossa maior atuação é o crédito. A gente empresta dinheiro às empresas para elas inovarem, com taxas muito baixas, prazo muito longo e carência muito confortável para os interessados […] que podem entrar em contato com a Finep […]”, contou Marco Bruno.

Empresas novas de base tecnológica não tem como aportar o crédito no início porque precisa ter giro de caixa que permita pegar dinheiro emprestado para pagar depois.

“A gente compra a participação delas esperando que elas cresçam e no futuro a gente possa vender a nossa participação. Não é interesse da Finep ficar indefinidamente sócio de uma empresa […] apoio que a gente costuma dar às startups é através de subvenção […] A gente tá no momento com 11 editais de subvenção para empresas disponíveis. Tem mais de 2 bilhões de recursos para aportar nas empresas […] tanto startup quanto empresa de grande porte podem acessar esses editais na página finep.gov.br”, continuou.

Há editais da Finep abertos aguardando empresas que queiram se arriscar a desenvolver semicondutores e tem dinheiro do governo para investir. Marco informou no Hub Connecta que há para o triênio 24/25/ 26 na Finep R$ 41 bilhões para as quatro modalidades para crédito e metade para subvenção.

“A taxa mais alta para projeto de inovação é TR + 5% ao ano, isso dá menos de 6% ao ano, para pagar em até 8 anos com pelo menos 2 anos de carência. A participação de hoje no evento foi a oportunidade de trazer para o Extremo Sul catarinense a mensagem de que há recursos. […] Somos quatro técnicos na regional Sul para atender os três estados, 1288 municípios”, finalizou.

 

Como atrair investidores anjo

Fábio Ferrari, diretor Angel Investor Network (RIA) da Acate – Associação Catarinense de Tecnologia, palestrou no Hub Conecta sobre “inovação e tecnologia para investidores de startups”.

“No processo de crescimento de uma empresa de base tecnológica, um dos elementos para poder fazer o negócio crescer é ter capital de risco lhes apoiando nessa fase inicial que a gente chama de Stage. Na fase inicial do negócio o melhor ator que pode ajudar esse processo geralmente é o chamado investidor anjo […]. Na Acat a gente desde 2015/2016 criou um grupo chamado da Rede de Investidores Anjos – RIA, que tenta apoiar e fabricar essa cultura de apoiar essas empresas, achando startups e potenciais investidores”, disse.

Fábio assumiu há quatro anos a responsabilidade do grupo RIA e veio ao Hub Conecta para falar das experiências e dificuldades que tiveram.

“Normalmente, quando a empresa começa já faturar mais os fundos maiores entram em campo. O público que participou do Hub Conecta é identificado à questão startup, pode receber esse recurso? Essa era a pergunta que me fiz quando cheguei […] eu percebi que são vários atores que estão apoiando o ecossistema do Hub Costa serra Mar […] queriam ver como se tornar investidores anjos […]”, contou.

Participaram do evento muitas lideranças ainda Aciva, Aravale, Centro de Inovação da Prefeitura, entre outros.

[…] o modelo mais trivial de negócio a gente chama de Be To Bee SAS que são os modelos de negócios relacionadas às vendas para outras empresas, que tem vendas puramente pela Internet, como a de aplicativos pela Internet, porque eles são mais simples, mas em geral, a gente aceita outros modelos de negócios. O que a gente mais procura em particular é que ela tenha um modelo escalável de negócio, que consiga usar a tecnologia para prestar serviço para muitas pessoas com custo mais baixo. Isso faz a empresa valer bastante rapidamente. O objetivo é chegar e entrar nesse processo de pegar o foguete quando ela está decolando. […] como franquias […] com base tecnológica, e cujo apoio pode ser feito pela equipe da ACAT”, disse.

Ferrari ainda falou sobre as histórias do grupo do RIA, que tem umas 12 startups nos últimos 5 anos com investimento. Umas três ou quatro estão no momento Exit, ou seja, momento de saída do processo de investidor anjo.

“Nesse mercado foram investimentos de milhões, bilhões, trilhões. […] na prática os investimentos em startup são de 200, 600 e até 800 mil, por grupos de investidores anjos – de 12 a 15 anjos”, finaliza Ferraz que pode ser encontrado no site www.ferrari.com.