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Daniela Reinehr pede que Ministro da Defesa preste esclarecimentos sobre a suspensão da caça aos javalis

A deputada federal Daniela Reinehr protocolou, nesta terça-feira (22), um requerimento ao Ministro da Defesa, José Mucio Monteiro Filho, para que sejam prestadas informações sobre a suspensão de novas autorizações para caça ativa do javali.

Na última sexta-feira, 18 de agosto, o IBAMA anunciou a suspensão de novas autorizações para controle nas modalidades de caça ativa, ceva ou espera por meio do SIMAF, o que causou grande preocupação ao setor agropecuário de nosso país. O anúncio foi feito por meio de uma nota publicada no Sistema de Informação de Manejo de Fauna, nos seguintes termos:

“Considerando a edição do Decreto 11.615, de 21 de julho de 2023, que determina que a caça excepcional para controle de fauna invasoras somente será autorizada pelo Comando do Exército, suspendemos preventivamente as autorizações de manejo em vida livre nas modalidades de caça ativa, ceva ou espera emitidas pelo Simaf, até que se proceda as adequações necessárias”.

Daniela Reinehr alega que recebeu a medida com surpresa já que, atualmente, é a única forma de conter e controlar a espécie.

“Todos sabemos que, além do prejuízo que eles causam para a fauna e flora, os invasores tem gerado grandes prejuízos aos agropecuaristas do nosso país. E para piorar a situação, mesmo diante dos dados alarmantes causados por esses animais invasores, o Governo Federal toma essa decisão. Agora eu pergunto: quais atitudes serão tomadas para o controle da espécie?”, questiona a parlamentar.

Os javalis são considerados a segunda maior causa de perda da biodiversidade em escala global e representam um desafio para a conservação dos recursos naturais. Há registros da presença de javalis em quinze Estados, incluindo, Santa Catarina.

“A caça do javali não é um esporte, é uma medida significativa na estratégia de manejo por diversos pontos: controle populacional, prejuízos à agricultura, transmissão de doenças, proteção da biodiversidade, segurança pública, proteção das nascentes, conservação de habitats e fonte de alimento”, enfatiza Daniela.

 

Ela finaliza com um pedido:

“Parem de perseguir os poucos caçadores legalizados e treinados para controlar javalis que existem e que nos prestam esse serviço gratuitamente. Enquanto discutimos se é certo ou não caçar, e quais os inúmeros documentos que os controladores devem ter para fazer o abate, os javalis tomam conta e prejudicam todo o nosso ecossistema. O risco de uma crise econômico-ambiental é certa, e isso não pode acontecer!”, ressalta.