Prazo de entrega da obra da Serra Rocinha: 30 de março de 2024
A coluna traz alguns apontamentos sobre a passagem dos representantes do DNIT pela região da Amesc, para vistoria técnica.
O levantamento preliminar no país aponta que 2600 obras precisam de intervenção do Governo Federal. Os números estão nas mãos das deputada Flávia Morais (PDT/GO), presidente da Comissão de obras paralisadas e inacabadas criada na Câmara Federal. Uma delas é a BR-285, Serra da Rocinha, entre Timbé do Sul/SC e São José dos Ausentes/RS. Coube a deputada Geovania de Sá (PSDB), membro da Comissão temporária e externa, organizar uma visita técnica nesta segunda-feira (14), para verificar o atual estágio da obra.
No lado gaúcho da obra, o deputado Lucas Redecker (PSDB), informou à colega de parlamento que faltam 12 km a serem executados, mas que tem R$ 80 milhões em conta para fazer (há controvérsias sobre este montantes). O problema é que faltam R$ 40 milhões para executar uma ponte. Portanto, o prazo de entrega do trecho gaúcho não deverá ser o mesmo.
O lado catarinense foi orçado inicialmente por R$ 120 milhões (atualizados desde 2013). Destes, foram executados 9km com pavimento flexível e faltam 13km de pavimento rígido. Foram feitos 4 viadutos e 2 pontes. O entrave está nas 6 obras de contenção das encostas, que apontam para apenas 33% executados. Os pontos, conforme planilha apresentada, 6, 7,8 devem ser entregues até janeiro de 2024; o ponto 11 conclui-se em agosto; o ponto 13 está com 50% pronto e pode ser finalizado em dezembro deste ano; já o ponto 14 está previsto para outubro.
O trecho catarinense deverá ser entregue 100% até janeiro, mas para não errar, ficou estabelecida a data de março de 2024, um sábado para a inauguração. Curiosamente, a Serra da Rocinha iniciou em 2013, com a licitação vencida pelo consórcio Setep-Ivaí-Sotepa, quando Dilma Rousseff (PT) era presidente, seguiu em obras no governo de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL), e será entregue na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
BR-285: corredor bioceânico
Após as autoridades da bancada defenderem a agilidade nas obras, o superintendente Regional do DNIT/SC, Alysson Rodrigo de Andrade explicou sobre a obra da BR 285, recursos e os desafios que a equipe passa. “Hoje temos 92% concluído no lado de Santa Catarina. Tivemos problemas com o reajuste do aço e foi necessário encontrar o equilíbrio para dar continuidade. Passamos por intempéries, fazendo com que haja atraso no planejamento da obra. Contudo, estamos buscando formas de agilizar”.
O superintendente também mostrou sobre os materiais utilizados na obra, os pontos críticos e o orçamento, dando uma previsão para a conclusão: “Conforme o planejamento e cronograma, caso não haja intempéries, como a de março deste ano em Timbé do Sul, queremos entregar esta obra em março de 2024. Confiamos na empresa e nos prazos. Somos o estado que está em 1º lugar em contrato de construções e a finalização da obra da BR 285 é uma das nossas prioridades”, relatou Alysson.
Com a novidade, o encontro foi finalizado com considerações sobre a importância da obra para todas as áreas de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Logo após, as autoridades realizaram a visitação técnica até a divisa dos estados conferindo o andamento da obra.
Dados do DNIT/SC
O DNIT trouxe informações importantes, como a elevação de investimentos que foi de R$ 6 bilhões em 2022 e passou para R$ 20 bilhões em 2023; que a malha viária federal em Santa Catarina tem 36% de ruim/péssimo, contra 51% de bom/regular. A meta é chegar a 70%; com execução de 100% de contratos de manutenção, conforme pedido do ministro Renan Filho (MDB).
Os técnicos informaram ainda que o padrão de conserva das vias mudou; que o atraso das obras se deu por conta dos 400mm de chuva que ocorreram em Santa Catarina, que prejudicaram as rodovias BR 280, 282 e 163.
Além dos R$ 203 milhões gastos para resolver as emergências, haverá outros 400 milhões a mais para manutenção das vias.
Santa Catarina é o 3ª maior estado do Brasil em contratos, com R$ 3,97 bilhões contratados, para construções nas rodovias BR 282/158, 470, 163, 280 e 285.
No quesito execução do investimento (planejado/executado) Santa Catarina está primeiro lugar no país. O estado executou em R$ 150 milhões, contra Rio Grande do Sul com R$ 70 milhões; e Bahia, que tem a maior malha viária do país.
Foi expressiva
Além de 16 prefeitos, ainda estavam presentes o deputado Ricardo Guidi (PSD) – secretário de Meio Ambiente e Economia Verde; deputados estaduais Tiago Zilli (MDB) e Zé Milton (PP); dezenas de vereadores; e representante do porto de Imbituba/SC”; além do superintendente Regional do DNIT/SC, Alysson Rodrigo de Andrade; coordenador de Engenharia Terrestre do DNIT/SC, Izaldo Carlos Kondlatsch; e o coordenador substituto de Engenharia Terrestre do DNIT/SC, Névio Antonio Carvalho.
A audiência, que contou com a presença de 80 lideranças regionais, pode ser acompanhada na íntegra no link: https://www.youtube.com/watch?v=IhAmpeKhBzE
