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Inicia o Lula 3; Jorginho assume governo; Alice Kuerten com aneurisma; Luciano Pires assume Câmara; e mais

DEPOIS DE 20 ANOS, LULA VOLTA A GOVERNAR O PAÍS

Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao contrário do que diziam bolsonaristas acampados em frente aos QGs do Exército e outros que ameaçavam em redes sociais, subiu a rampa do Palácio do Planalto para tomar posse, ao lado do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). Desta vez para cumprir seu 3º mandato como presidente do Brasil (antes 2003-2006 e 2007 a 2010). Depois de 20 anos Lula reassume o poder numa espécie de “nova chance”.

O cenário é outro é bem verdade, mas não menos conturbado do que aquele de 2003. O PT sofria restrições especialmente do setor empresarial. Uma parte da sociedade era incapaz de acreditar que um sindicalista desse conta de governar este país continental. A vitória de Lula foi uma demonstração que não havia limites para nenhum brasileiro alcançar o topo na carreira. Aquele governo teve altos e baixos, em especial com avanços sociais, mas pagou caro para garantir a reeleição. Acabou acusado de muitos acordos espúrios e o restante da história, já é de conhecimento de todos.

 

ACORDOS DE 2002

Lula teve que fazer acordos para poder ser eleito e comandar o país (vide a carta aos brasileiros). Naquela ocasião Lula havia perdido 3 eleições (1989, 1994 e 1998) antes de vencer em 2002. O PT venceu 4 eleições, 2 com Lula e 2 com Dilma Rousseff (PT), que sofreu impeachment e não encerrou o segundo mandato. Depois do fim do governo-tampão de Michel Temer (MDB), Lula estava preso e não pode concorrer. Fernando Haddad foi o nome do partido, mas, no seio de tantas indignações, surge o fenômeno Jair Bolsonaro, que se filia ao PSL, só consegue o PRTB de Hamilton Mourão para chapa, mas leva as eleições, vence nos dois turnos.

 

ACORDOS DE 2022

Foto oficial na cerimônia de posse do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto

 

Agora, 2 décadas depois, o PT teve que fazer muitos acordos, abriu espaços para além da frente da coligação em primeiro turno (10 partidos) e negociou espaços nos 37 ministérios (15 a mais do que do governo que encerrou dia 31/12) para abrigar PDT, União Brasil, PSD e MDB. A necessidade de vencer Bolsonaro uniu partidos, lideranças de diversos setores. Levar na chapa o ex governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que trocou o PSDB pelo PSB, é o maior exemplo destes acordos, que reaproximou ainda Marina Silva (Rede) e ganhou no caminho Simone Tebet (MDB). Parte do MDB já estava com Lula desde o primeiro turno.

 

POVO PASSA A FAIXA

Como o ex-presidente deixou o país dia 30 de Dezembro – embora tenha dito à CNN que era uma fake news a viagem, mas foi para Miami, em Orlando / Estados Unidos, e o presidente em exercício também se negou a fazer o ato simbólico, a faixa presidencial foi repassada por representantes do povo. O ex presidente deixou o país por medo de ser preso, já que não tem mais prerrogativa de foro. Lula acabou recebendo a faixa presidencial de uma catadora de lixo. Foi um tapa com luva de pelica. Mas, como o governo anterior negava as vacinas, as urnas eletrônicas, a derrota, então, nenhuma surpresa em não passar a faixa.

O que alguns esperavam de Jair Bolsonaro (PL) era de que ele iria ficar, liderar uma oposição consistente contra o governo petista. Ele preferiu a comodidade de ir para outro país, nem mesmo encerrar o mandato em solo brasileiro. Foi uma falta de respeito aos seus seguidores, que foram às ruas, acreditaram em teorias da conspiração, clamaram por intervenção militar, intervenção alienígena, de anjos. Ficaram dias acampados em frente a quarteis, enfim ficaram fazendo papel de tolos, enganados por pessoas em quem confiavam.

A verdade é que nada existiu além de teorias, nunca houve de fato movimento das Forças Armadas em favor de golpe.

Fim de linha. Agora começa a fiscalização (da imprensa, dos poderes, dos órgãos de controle, e outros) ao novo governo.

 

COMEÇA O NOVO GOVERNO

O presidente Lula fez discursos fortes no Congresso – ao lado dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP), Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), e STF, Rosa Weber, e na rampa do Planalto e palco da festa da posse. Falou em pacificação, mas, ao mesmo tempo, em cobrança firme contra golpistas e quem usa de violência; em acabar com o teto de gastos (que foi estourado pelo anterior e será pelo atual com apoio do Congresso na PEC da Transição), e especialmente na redução da desigualdade social.

Ter 37 ministérios aponta para maior gasto, mas também quer simbolizar mudança de política de governo, já que a maioria das pastas terá pouco orçamento. Também serão 11 ministras mulheres e na presidência da Caixa Econômica e do Banco do Brasil.

Na campanha, havia a promessa de atenção à cultura (com Margareth Menezes ministra), meio ambiente (com Marina Silva ministra) e à política internacional (Mauro Vieira nas Relações Exteriores). A vinda de representantes de 120 países à posse dá sinais que haverá mudança nestas relações.

 

HÁ MUITO O QUE FAZER

Assim como aconteceu com Bolsonaro, que recebeu muitas obras paralisadas, Lula fez compromisso de trabalhar pelas conclusões de mais de 4 mil obras que estão em andamento. O desafio é vencer a burocracia. Não se pode negar alguns avanços importantes do governo que saiu (pix, CNH 10 anos, digitalizações, agilidade na abertura de empresas…), mas há muito o que fazer. Santa Catarina, por exemplo, precisa voltar ao radar do Governo Federal.

O senador Rodrigo Pacheco (PSD), em seu discurso, chamou para um enfrentamento à reforma tributária.

No primeiro dia de governo Lula assinou diversas Medidas Provisórias com força de lei, como a prorrogação da desoneração dos combustíveis por mais 60 dias e outro para o controle de armas.

O slogan do novo governo é: Brasil: União e Reconstrução.

 

MUDANÇA DE GOVERNO

O domingo (1º), foi de posse para 27 governadores – 18 deles reeleitos. No Sul, Ratinho Júnior (PSD) e Eduardo Leite (PSDB), seguem no Paraná e Rio Grande do Sul, ao passo que Carlos Moisés da Silva (Republicanos) volta à reserva como bombeiro militar.

O novo governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), ao lado de sua vice Marilisa Boehm (PL), foi empossado na Assembleia Legislativa pelo presidente Moacir Sopelsa (MDB), que deixa o cargo dia 31 de Janeiro e se aposentada política).

Em seu discurso, Mello seguiu falando em faculdade gratuita; agradeceu ao bolsonarismo pela eleição; e cutucou a Carlos Moisés, fora da mesa e sem discursar na cerimônia.

Na sala da Presidência da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, o governador Jorginho Mello (PL) e o ex-governador Carlos Moisés (Republicanos) assinaram o termo de posse – documento que o formaliza a transmissão de governo catarinense.

Antes da assinatura, Carlos Moisés fez um balanço de seu governo à imprensa e falou do fim de um ciclo. Disse que entregou um estado melhor do recebeu em 2019, com dividas e uma série de dificuldades.

Jorginho disse que quer “fazer um governo para cuidar das pessoas, da saúde, da educação e da formação”.

Jorginho deu posse aos secretários e conversou Carmen Zanotto (Cidadania), que assume a da Saúde, para discutir o plano estratégico e realizar um mutirão para tirar as pessoas das filas de espera de cirurgias eletivas.

 

ALICE SE RECUPERA

Por recomendação médica, a indicada para o cargo de secretária de Ação Social, Mulher e Família, Alice Kuerten segue em repouso se recuperando em casa após sofrer um aneurisma nos últimos dias de 2022. Ela deverá assumir a secretaria nas próximas semanas. Alice se encontra em bom estado de saúde e em plena recuperação, de acordo com os médicos.

 

NOVO COMANDO NA CÂMARA

Dia 1ºde Janeiro também foi empossada a nova Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Araranguá, que terá como presidente Luciano Pires (Podemos), 1º vice Márcio Tubinho (PP), 2º vice Diran Drewke (PP), Jorginho Pereira (PP) 1º secretário e como 2º secretário Samuel Nunes.

 

CENSO PARCIAL

Araranguá ultrapassa os 72 mil habitantes na prévia do Censo, e segue como maior município do Vale. Sombrio deve chegar a 30 mil habitantes.

Os balneários seguem recebendo moradores. Balneário Arroio do Silva se aproxima dos 16 mil; em quarto lugar, Balneário Gaivota tem 15 mil habitantes; e sexto lugar, Passo de Torres, tem quase 13 mil pessoas, e quase se aproxima em Turvo, 5º município em população. Só Jacinto Machado tem mais de 10 mil habitantes.

Abaixo destes, Santa Rosa do Sul, São João do Sul, Praia Grande, Maracajá, Meleiro, Timbé do Sul, além de Morro Grande (quase 3 mil habitantes) e Ermo (2.300 habitantes).