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Vitória de Luciano Pires garantida com voto de Samuca

A Câmara de Vereadores de Araranguá será presidida em 2023 pelo vereador Luciano Pires (Podemos), que foi eleito por 8 votos a 7, na noite de sexta-feira (16) no Plenário Altícimo Tournier.

Em seu discurso após a vitória, pelo menos três momentos merecem destaque.

O primeiro, quando lembrou de Aquiles “Kila” Ghellere (sem partido) por ter sido o autor da mudança na lei que acabou com a votação secreta no Poder Legislativo. Isto permitiu que os vereadores tivessem que assumir publicamente suas posições. Lembrou também da época em que Kila deixou de ser presidente da Câmara na gestão de Sandro Maciel (PT). Naquela ocasião, depois de Ozair Banha da Silva (PT), quem assumiu foi Rony da Silva (MDB), hoje secretário de Administração de Araranguá.

O segundo, foi quando cobrou energicamente do presidente Jair Anastácio (PT) o fato de ter deixado o grupo construído em 2020, que depois justificou sua posição, argumentando que foi por decisão do PT a participação no governo de César Cesa (MDB).

O terceiro ponto foi justamente isentar o prefeito da interferência do prefeito na eleição da nova Mesa Diretora. Disse que César havia dado a palavra de que não envolveria. Sem citar nomes, Luciano mirou no vice prefeito Tano Costa (PSD) pela pressão que o PSD, do qual é presidente, fez sobre o Samuca (PSD) para tentar mudar seu voto.

 

O voto decisivo

Como a votação do Poder Legislativo é feita por ordem alfabética, coube ao vereador Samuel Nunes, o Samuca (PSD), justamente ser o 15° vereador a votar na sessão que decidia o novo presidente e da Mesa Diretora do Legislativo araranguaense. Samuca resistiu à pressão e manteve a votação na chapa 1, Unidos por Araranguá, e desempatou a eleição – que estava 7 x 7, contra a chapa 3, Unidade e Experiência.

 

Discursos acalorados

Diego Pires (PDT) falou do projeto montado para comandar a Câmara por 4 anos com 8 vereadores que estavam na chapa derrotada nas eleições de 2020 de Daniel Viriato Afonso (PP) – 4 do PP, 2 do PDT, 1 do PT e do Podemos.

O governo conseguiu juntar os 5 vereadores da chapa de César e Tano; mais Luiz da Farmácia (PL), da chapa de Igor e Ribeiro; e Zico (Avante), da chapa de Ghellere e Claudete. Paulinho (PSD) foi candidato da base e perdeu aquela eleição de janeiro de 2021 por 8 x 7, mesmo placar de 2022.

Paulinho elogiou a unidade dos demais partidos na eleição – MDB, que votou nele, do PDT e do PP, que votaram em bloco em Luciano. Isto para poder criticar a postura de seu colega de partido, Samuca (PSD), que votou e participou de outra chapa. Paulinho, que estava de aniversário em 16 de dezembro, acabou sendo derrotado pela segunda vez consecutiva.

 

Lulismo x bolsonarismo

Com a presença nas galerias de Andresa Ribeiro, presidente do PL, o vereador Luiz da Farmácia (PL) usou a tribuna para justificar a retirada de seu nome da chapa 2 – que acabou cancelada, para dar lugar a chapa 3, com a saída de Jair Anastácio (PT) e entrada de Zico (Avante).

Mesmo com a derrota, Luiz fez questão de dizer que não estaria no mesmo projeto junto com o PT, com conta da divergência ideológica ressaltada na eleição nacional.

Esta posição, aliás, deve provocar uma dificuldade para o governo municipal encarar, já que Luiz está na base e Jair também. Na chapa da Câmara ele disse “ou ele ou eu”.

 

A chapa completa

A chapa Unidos por Araranguá recebeu oito votos: dos vereadores Luciano Pires (Podemos), Márcio Tubinho (PP), Douglas Michels (PP), Jorginho (PP), Kelvin Diran (PP), Diego Pires (PDT), Nelson Soares (PDT) e Samuel Nunes (PSD).

A chapa Unidade e Experiência, que tinha como candidato a presidente o vereador Pedro Paulo de Souza, o Paulinho (PSD), recebeu sete votos, dos seguintes vereadores: Paulinho (PSD), Neno Fontoura (PSD), Lena Périco (MDB), Tico (MDB), Luiz da Farmácia (PL), Zico (Avante) e Jair Anastácio (PT). Essa é a segunda vez em que o governo municipal apresenta uma chapa de sustentação e é derrotado em plenário.

Pelo acordo costurado, Luciano fica em 2023, e abre espaço para o vereador Márcio Tubinho (PP), vice-presidente eleito, ser o presidente em 2024.

 

Mesa diretora para 2023-2024


Presidente – Luciano Zeferino Pires;
1º Vice-Presidente José Márcio Scarsanella;
2º Vice-Presidente Jorge Luiz Pereira;
1º Secretário Kelvin Irian Martins Drewke;
2º Secretário Samuel Duarte Nunes.

 

Sessão prestigiada

Além do prefeito Evandro Scaini (Republicanos), da Câmara de Vereadores de Balneário Arroio do Silva, estavam o presidente Lei do Mar Azul, presidente eleito Elvio Zocche e Alan da Ambulância, todos do União Brasil.

Pelo menos quatro ex presidentes prestigiaram a votação. Airton Barão de Oliveira (PDT), Cabo Loro (PSD), José Hilson Sasso (PP) e Ozair Banha da Silva (PT).