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Justiça converte em preventiva prisão de oito homens suspeitos de integrar célula neonazista interestatual

Após manifestação do MPSC, Justiça converte em preventiva prisão de oito homens suspeitos de integrar célula neonazista interestatual

O grupo foi preso em operação da Delegacia de Repressão ao racismo e delitos de intolerância, que teve apoio da 40ª Promotoria de Justiça da Capital, especializada no combate aos crimes de racismo, de ódio e intolerância.

Oito homens suspeitos de integrar uma célula neonazista interestadual tiveram a prisão em flagrante convertida em preventiva, no final da tarde desta terça-feira (15/11), após manifestação da 40ª Promotoria de Justiça da Capital, especializada no combate aos crimes de racismo, de ódio e intolerância.  O grupo foi preso em uma operação da Delegacia de Repressão ao racismo e delitos de intolerância, que contou com o apoio do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), na segunda-feira (14/11).  

Os  homens estavam reunidos para um suposto encontro anual da célula em um sítio na cidade de São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis.Após receber informações sobre a suposta reunião, a  Delegacia de Repressão ao racismo e delitos de intolerância requereu mandados de busca e apreensão. A 40ª Promotoria de Justiça da Capital deu parecer favorável aos mandados e a Justiça deferiu os pedidos.

No sítio, os policiais  apreenderam revistas, panfletos e outros objetos com símbolos de grupos supremacistas, além de telefones celulares e computadores. Os presos têm entre 22 e 48 anos e foram autuados pela prática dos crimes de associação criminosa e racismo. Quatro deles são do Rio Grande do Sul, um de Santa Catarina, um do Paraná, um de Minas Gerais e um de Portugal. 

Entre os presos, há  integrante de um grupo skinhead internacional, conhecido por ser intolerante e de extrema direita. Um outro ainda foi autuado por porte ilegal de arma de fogo por ter sido flagrado com munições.

O material apreendido irá agora passar pela perícia técnica. Após concluir o inquérito policial, a Delegacia o encaminhará para a 40ª Promotoria de Justiça para as medidas cabíveis. O Promotor de Justiça Luiz Fernando Pacheco, responsável pela 40ª Promotoria de Justiça da Capital,  ressalta que as investigações até o momento indicam que o grupo age com forte exaltação à ideologia fascista e apologia ao nazismo.

A 40ª Promotoria de Justiça da Capital, especializada no combate aos crimes de racismo, de ódio e intolerância, tem abrangência estadual. Criada há um pouco mais de um mês, a Promotoria de Justiça já investiga pelo menos quatro casos de suspeita de apologia ao nazismo. O MPSC também dispõe de um Núcleo de Enfrentamento aos Crimes de Racismo e Intolerância, o NECRIM, e a Procuradoria-Geral de Justiça firmou parceria com a Confederação Israelita do Brasil (CONIB), em 2020, para promover ações concretas de combate ao discurso de ódio e a qualquer forma de intolerância.

 

Fonte: Comunicação Social MPSC