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Quase tudo normal no pós eleições; governo de transição inicia; petistas na lista negra; e mais

PÓS-ELEIÇÕES: AOS POUCOS A VIDA VOLTA A NORMALIDADE

As eleições encerraram dia 30 de Outubro mas, para muitos, ainda há a sensação de que não acabou. Até é possível compreender os motivos. É que estas foram as eleições mais acirradas da história, fruto de muita polarização entre Direita e Esquerda.

Tanto é que os candidatos que disputaram a final chegaram a mais de 60 milhões (Lula, do PT, 60.345.999) e mais de R$ 58 milhões (Bolsonaro, do PL, 58.206.354). A diferença foi de apenas 2.139.645, número bem inferior aos 6 milhões de diferença do primeiro turno. Nos votos válidos chegaram a impressionantes 50,9% contra 49,1%, ou seja, 1,8% apenas de diferença. Impressiona também que brancos/nulos foram 5.700.443. Abstenções chegaram a 32,2 milhões, número que dava para eleger um governador.

O time de Jair Bolsonaro (PL) conseguiu ganhar 7 milhões de votos a mais em relação ao primeiro turno, quando fez 51 milhões. O time de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez 3 milhões a mais que no primeiro turno, quando tinha feito 57 milhões.

Estes 4 milhões de votos tirados não foram suficientes para fazer frente aos 6 milhões de vantagem.

Em eleição tão polarizada, com acusações de lado a lado, mentiras a rodo espalhadas pelas redes sociais, só poderia terminar com estes protestos e queixas que se arrastaram até dia 3 de Novembro.

Os aliados do presidente Bolsonaro estavam tão ‘pilhados’ que custaram a baixar a adrenalina, a acreditar que a intervenção militar iria de fato acontecer. Se houve de fato um ambiente capaz de levar a cabo um ‘golpe militar’, ele aconteceu em 7 de Setembro de 2021. A desmobilização só aconteceu porque as Forças Armadas decidiram que iriam seguir o rito democrático.

Se lá em 2021 não aconteceu, agora, com o candidato de oposição vencedor nas urnas, a chance disso acontecer ficou relegada apenas aos áudios e vídeos de falsos com convocações de falsos militares nas redes bolsonaristas.

Aos poucos, as coisas vão para os eixos, e a calmaria virá. Vencedores irão governar, opositores farão oposição. Vida que segue.

 

BOB ‘MUI AMIGO’

O ex presidente do PTB e ex deputado federal Roberto Jefferson foi quem denunciou o governo de Lula (PT/SP) e José Alencar (PR/MG), em 2005, por pagar mensalidades a deputados (mensalão) a fim de que votassem em projetos de interesse do Governo Federal. Foi ele quem denunciou Zé Dirceu (PT), e que disse que o chefe da Casa Civil operava este esquema. O PTB, segundo Jefferson, havia recebido R$ 4 milhões na campanha para apoiar a reeleição de Lula em 2006.

E agora, 17 anos depois, em 2022, pode ter sido ele a “bala de prata” que acertou o coração da campanha de Bolsonaro. Teria pouca influência caso a eleição não estivesse tão acirrada, mas os tiros e a granada nos policiais federais, há uma semana do pleito, pode ter assustado muitos eleitores indecisos. E todas as pesquisas apontavam que havia apenas 8% em disputa, com 92% de eleitores já definidos.

 

BOLSONARO SINALIZA

O papel do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) é o de condutor do governo de transição junto com o chefe da Casa Civil, senador Ciro Nogueira (PP). Sua indicação tem a missão de acalmar o mercado que ainda tem dificuldades de aceitar a vitória do Partido dos Trabalhadores.

O presidente do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas, e os conselheiros Antônio Anastasia e Jorge Oliveira, junto do relator do orçamento da União no Senado, Marcelo Castro (MDB/PI), irão ajudar neste momento sensível da mudança de comando do país. O presidente Bolsonaro conversou com Alckmin e sinalizou que irá facilitar o processo de transição.

 

COMPOSIÇÕES

Tanto a Câmara dos Deputados, presidida por Arthur Lira (PP/PE), quanto o Senado, presidido por Rodrigo Pacheco (PSD/MG), irão passar pela articulação. Há a possibilidade inclusive de manutenção de ambos os presidentes para garantir a governabilidade de Lula (PT) neste início de governo. O presidente eleito deverá ficar mais afastado da disputa para evirar tensão desnecessária neste início de governo.

 

JORGINHO MELLO COM BOLSONARO

Em Brasília desde o feriado de Finados, 2 de Novembro, o governador eleito de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), se encontrou na manhã desta quinta-feira (3) com o presidente Jair Bolsonaro (PL) para um café da manhã na residência oficial, o Palácio da Alvorada.

Durante uma demorada conversa, Jorginho agradeceu o apoio dado durante as eleições e deu informações sobre o atual cenários das manifestações no estado e sobre os bloqueios nas estradas catarinenses.

Sobre o encontro Jorginho afirmou: “Bolsonaro, além de ser nosso líder, é meu amigo. Estaremos juntos com o capitão”.

 

TIME PODEMOS

Paulinha recebeu em seu gabinete os deputados eleitos Lucas Neves e Camilo Martins – presidente do partido. Em discussão a eleição da Mesa Diretora na Assembleia Legislativa. Com 3 votos o partido pode ser decisivo na escolha do novo presidente.

 

SAUDAÇÃO NAZI 1?

O senador eleito Jorge Seif (PL) saiu em defesa de São Miguel do Oeste e contra a acusação de que houve apologia ao nazismo na manifestação do feriado (2/11).

“Um invasor de propriedades acusou meu povo de nazista após uma foto divulgada. Juramento, oração e reverência a bandeira são momentos que ocorrem em várias cerimônias. Uns queimam, pisoteiam e cospem nossa bandeira. Nós a respeitamos e reverenciamos. O MPF já se manifestou, negando identificação de ato nazista. São Miguel do Oeste, vocês são patriotas. Estamos juntos”, disse o senador.

 

SAUDAÇÃO NAZI 2?

Na mesma linha, o deputado estadual Maurício Escudlark (PL), que é da região de São Miguel do Oeste, também saiu em defesa da população miguelense, em especial aos manifestantes deste feriado de 2 de Novembro que demonstraram sua inconformidade pela “derrota nas eleições dia 30 de Outubro”. Em vídeo que ganhou projeção nacional, os manifestantes “supostamente” teriam feito um gesto que remonta ao nazismo. O Ministério Público Federal, preliminarmente, disse não identificou crime.

 

ELEIÇÃO DO CRA-SC

A Post TV entrevistou nesta quinta-feira (3), no Programa Voz do Sul, o administrador Adriano Ribeiro, que lidera a chapa 2, conectar e interagir, de oposição, e que disputa dia 22 de Novembro o comando do Conselho Regional de Administração (CRA-SC). A chapa defende que o Conselho se conecte com o novo momento. Para Adriano a ideia é “colocar o CRA no século 21”, ou seja, usar o ambiente das redes sociais.

 

MAIORES VOTAÇÕES

Bolsonaro venceu em Roraima com 76,08% a 23,98% de Lula. Santa Catarina foi o 4 estado com maior votação: 69,27% dos votos válidos. Lula venceu no Piauí 76,86%, Bahia 72,12%, e Maranhão 71%. Se o presidente Bolsonaro fosse visitar as cidades com maiores votações proporcionais no Sul do país teria que ir a Nova Pádua (RS) – 88,99% dos votos válidos; Nova Santa Rosa (PR) – 85,72% dos votos válidos; e Rio Fortuna (SC) – 84,89% dos votos válidos. Já o presidente eleito Lula teria que visitar Guaribas (PI), onde obteve 87,7% dos votos válidos contra 22,3% de Bolsonaro.

 

CRIME À VISTA

Está circulando nas redes uma lista de empresas/negócios/liberais que apoiaram Lula (PT) com recomendação de boicote. Nestas horas é que se vê a capacidade do ser humano. Perseguir quem não concorda com sua posição é inconcebível.