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ESTA ELEIÇÃO NÃO É SOBRE RELIGIÃO: É SOBRE PODER; PP DO VALE COM PL; CAMPANHA AO GOVERNO DO ESTADO; E MAIS

Na verdade, a polarização eleitoral de 2022 deixa cada vez mais evidente a análise de que o que está em jogo nestas eleições não é nenhuma “luta do bem contra o mal”. Não há uma batalha no mundo espiritual, como quer fazer parecer a primeira dama Michelle Bolsonaro e seus seguidores. É uma guerra no campo político, bem claro, bem evidente. É briga por poder.

Depois de mais de 20 anos de acompanhamento direto de eleições (municipais ou gerais) é possível afirmar que se trata apenas e tão somente de mais uma eleição, em que o poder político está em disputa. Os políticos querem controlar o orçamento estimado de R$ 5 trilhões para 2023.

Para vencer a disputa os candidatos irão dizer muita coisa que seus marqueteiros eleitorais dirão para dizer. Gostem ou não seus apoiadores. Os candidatos farão muitas ‘caras e bocas’, dirão coisas que nem mesmo tem posição a respeito.

Tudo com um único objetivo, o de conquistar o voto, que é o caminho direto para o poder. Junto com poder vem espaços de poder, cargos, altos salários.

Esta história de ‘bem contra o mal’ é facilmente desmontada pela escolha das personagens colocada em campo para a batalha. Vai sim haver ‘choro e ranger de dentes’, mas, não tem como não enxergar o óbvio. O PL e o PT botaram seus maiores expoentes como candidatos, com suas virtudes e contradições. 

 

UM LADO DA MOEDA

O bolsonarismo, nascido do pós 2014 e consagrado nas urnas em 2018, se apropriou do discurso das pautas moralistas para atacar o candidato adversário. Apenas isto.

O lulo-petismo, que começou em 1985 com as “Direitas Já”, passou pela eleição de 1989, a mais asquerosa da história, antes de 2022 é claro. Se consagrou nas urnas em 2002 e seguiu até 2016, com impeachment de Dilma Rousseff (PT). Foram 14 anos de poder. Muitas investigações e denúncias de corrupção nos governos petistas com apoio de MDB, PP, PL, PTB. Lula teve todos os processos que respondia anulados, arquivados ou prescritos e teve os direitos políticos liberados e pode concorrer à presidência.

Este mesmo lulo-petismo sofre, desde antes da prisão de Lula, com a demonização do partido, de petistas, de esquerdistas e de comunistas. Comunismo aliás – podem pesquisar, que só existe em 5 países no mundo inteiro. Chamado por bolsonaristas de ‘regime do mal’, ele ocorre na China (do carro voador, da internet 5G….), hoje a segunda grande potência mundial, e em Cuba, que tem ditadura, mas vive um embargo comercial dos americanos e aliados.

Se o debate fosse honesto, o discurso seria “vocês querem transformar o país numa China comunista?”, mas não. Melhor mirar no comunismo que vai mal, de Cuba, ou no chavismo da Venezuela. Claro, isto dá medo e rende votos. Nunca a política do terror foi tão usada.

 

O OUTRO LADO DA MOEDA

Dizer que Bolsonaro é responsável por 700 mil mortos porque ele é fascista. Isto traz medo, aponta para Benito Mussolini, e flerta com o Nazismo de Adolf Hitler. Isto, somado ao pedido de fechamento do Congresso e da Suprema Corte, é nitroglicerina pura. Vira arma na mão dos adversários.

Ou seja, em maior ou menor grau, ambos estão apostam no pânico, ao invés de focar em planos reais de desenvolvimento do país, hoje refém de uma dívida gigante, que leva bilhões de juros para os credores.

Num país tão rico, em que o agro é tão forte, ignora-se por exemplo que a ciência e a tecnologia trouxe esta riqueza para o campo. Ou você acha que existem ainda muitas foices, arados e carros de boi no agro? Afinal, qual governo vai deixar de apoiar este setor?

 

ONDA DE AMEAÇAS

Agora, pelo medo, chegou-se ao ponto de dizer que um lado irá fechar as igrejas e que o outro é o arauto do cristianismo. Estão tirando até Jesus Cristo do púlpito para colocar os candidatos e seus programas sob a desculpa de que é uma guerra no mundo espiritual. Esta guerra é bem física, bem humana, com seres humanos mostrando sua capacidade de serem cruéis, autoritários, maldosos, propagadores de mentiras, notícias sabidamente falsas, difamações e destruição sistemática de biografias, da honra alheia. E tudo sob o manto divino da “luta do bem contra o mal”.

Chegamos ao ponto de líderes religiosos virarem cabos eleitorais, tamanha pressão que vem sendo feita pelos chamados “líderes mais populares”.

Homens e mulheres vaidosos dizem falar em nome de Deus, quando agem da forma mais humana que se conhece. É praticamente uma guerra dos cruzados contra os pagãos.

E neste cenário, usam de sua influência para praticamente constranger seus fiéis a seguir este caminho.

Esta é sim uma cruzada perigosa que coloca Deus em um lugar que ele não pediu para estar: o da disputa política. Caso o candidato do bem vença, como fica o Criador nesta história? E se ele perder, como fica Deus, como derrotado?

 

VOLTA DO VOTO DE CABRESTRO

Pelo medo, empresários estão ameaçando seu trabalhadores de fechar as portas. É uma coação direta. Ou votam no meu candidato ou vão perder os empregos. Os mesmos que achavam errado quando os sindicatos coagiam os trabalhadores, agora acham normal quando os ‘patrões’ ameaçam demissão ou fechamento das portas das empresas caso o candidato da direita não vença. 

Assédio eleitoral é crime e o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Ministério Público Estadual (MPE) emitiram nota conjunta alertando que irá penalizar quem usar desta prática do tempo do “voto de cabresto”.

 

A DISCUSSÃO É CLARA

Quem irá comandar o país e o orçamento, o dinheiro dos tributos? Há 2 projetos claramente em disputa. Dois projetos populistas identificados pelas pautas que defendem. Um com viés de esquerda e centro-esquerda, outro de centro-direita e direita.

Na verdade há um projeto que prima pela negação das coisas. O que parecia assunto superado, como a vacinação de crianças a idosos, voltou a espectro da dúvida. Se lança dúvida cobre vacinação, sobre o processo eleitoral, sobre pesquisas, sobre tudo que for possível, para criar a confusão. Neste cenário, as pessoas ficam atordoadas, nem conseguem mais refletir e viram meros propagadores dos discursos prontos.

Esta eleição é sobre poder, sobre quem exerce mais poder sobre seus apoiadores. Havia uma carência por debates, e a Internet serviu para maximizar o acesso. A pergunta que fica ao final destas eleições se elas não produziram mais destruição do que construção, mais pessoas fanáticas, do que seres pensantes.

 

NEUTRO EM SC E COM BOLSONARO

Conforme antecipado pela coluna, um almoço nesta quinta-feira (13), na residência do presidente Gean Loureiro, com a presença do vice-presidente Fábio Schiochett – deputado federal reeleito, definiu o caminho do partido neste segundo turno.

O União Brasil deliberou por apoiar Jair Bolsonaro (PL) na eleição nacional contra Lula (PT).

Já no cenário estadual, o partido entendeu que seria “oportunismo” se associar à candidatura favorita de Jorginho Mello (PL) contra Décio Lima (PT). Decidiu pela liberação da bancada de 3 deputados estaduais e 1 federal. 

 

1% PARA ASSISTÊNCIA SOCIAL

O candidato da Frente Democrática (PT, PSB, PCdoB, PV e Solidariedade) ao governo de Santa Catarina, Décio Lima (PT), afirmou que não entrará “na dicotomia de esquerda e direita” e que buscará governar em conjunto com a sociedade organizada. Ele participou de reunião promovida pela Frente em Defesa do Sistema Único de Assistência Social – SUAS, reunindo lideranças da FECAM, UFSC, COEGEMAS e Fórum de Entidades, Trabalhadores e Usuários da Política de Assistência Social, em que foram apresentadas as demandas do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), é com um governo participativo que Santa Catarina retomará o protagonismo no país.

Décio se comprometeu em realizar um esforço diante das demandas da área, que incluem o fortalecimento da estrutura da assistência social no estado, além do aumento do orçamento para área – que hoje conta com menos de 1% do orçamento estadual.

 

JARAGUÁ COM JORGINHO/BOLSONARO

O prefeito de Jaraguá do Sul, Jair Franzner (MDB), seguiu a orientação do MDB/SC e também vai de Jorginho Mello (PL) e Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições. O anúncio do apoio ocorreu durante a visita da candidata a vice-governadora, delegada Marilisa Boehm (PL), em Jaraguá do Sul. O ex-prefeito do município e deputado eleito, Antídio Lunelli (MDB), já havia manifestado apoio a Jorginho, a exemplo do deputado federal reeleito, Carlos Chiodini (MDB).

A vice, Marilisa, que é de Joinville, acompanhada do empresário Edson Junkes (PL), se comprometeu em valorizar o norte na infraestrutura (SC-108 e BR-280), na saúde, educação ou na segurança pública.

 

PROGRESSISTAS COM JORGINHO E BOLSONARO

Prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, filiados e demais simpatizantes do Partido Progressista de todo Extremo Sul catarinense estiveram reunidos em Turvo para deliberar sobre o apoio às candidaturas de Jorginho Mello (PL) e Jair Bolsonaro (PL), respectivamente, ao governo do Estado e ao governo Federal.

“Total, amplo e irrestrito é o nosso apoio. Por unanimidade, decidimos estar ao lado desses dois grandes gestores para Santa Catarina e para o Brasil.”, colocou o anfitrião do encontro e prefeito de Turvo, Sandro Cirimbelli (PP).

 

CLEDER DEIXA O AVANTE

O suplente de vereador do Avante, Cleder Spido Maciel, pediu desfiliação do partido. Ele abre mão de assumir mandato na Câmara de Vereadores em 2023, em espaço que seria aberto pelo vereador Zico (Avante). Maciel, que já havia feito até 244 votos, pediu para sair.

Desfiliação Partidária – Eu Cleder Spido Maciel, Solteiro, Jornalista, com endereço na Rua João Bento de Souza, 140, bairro Coloninha, Araranguá SC, sob o número do CPF: xxx, e RG: xxx, e sob o número do título de eleitor: xxx […], estou através desta carta, ao presidente do partido Avante, Jonas Matos Sombrio, pedindo a desfiliação desde já do partido”.