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Os erros de Moisés que custaram a derrotado; articulações de segundo turno; apoios a Jorginho não param de chegar; e mais

O RECADO DAS URNAS FOI DADO

O governador Carlos Moisés da Silva (Republicanos) aprendeu na prática que não é apenas com repasses de recursos para prefeitos e Cidades que o eleitor é conquistado. O governador se ‘encastelou’ no Palácio da Agronômica num primeiro momento; buscou apoio político após ter sido emparedado em 2 processos de impeachment e de ter colhido reveses em votações importantes na Assembleia.

De ‘bastião da nova política’ teve que se render à astúcia de políticos experimentados em busca de salvamento do mandato. Especialmente no segundo afastamento, quando nomes como Júlio Garcia (PSD) acordaram sua salvação. A ida de Eron Giordani (PSD) como homem forte foi a senha para ajustar a sintonia com os demais partidos.

No primeiro afastamento, havia ainda a possibilidade de Garcia, presidente da Alesc ter sido eleito governador em eleição indireta. No segundo, foi a vez de uma articulação forte para levar a vice-governadora Daniela Reinehr (PL) para o comando.

O grupo que salvou o governador ficou forte, passou a ter muito peso nas decisões.

Tudo ia bem até o grupo que tinha MDB, PSDB e PSD como base aconselhava Moisés a ir para o MDB e ser candidato com este arco de alianças.

Como foi dito com exclusividade nesta coluna o governador Moisés se negava a ir para um partido grande, por medo de ser barrado na hora da escolha e porque não queria ser sombra de ninguém. Queria medir seu tamanho após o mandato. Terminou descobrindo que tem menos de 17% dos votos, conquistou 693.426 votos (16,99%). Confirmou que a votação dele foi mesmo por ter colado em Bolsonaro em 2018.

Em 2022, o bastão foi passado para Jorginho Mello (PL), que fez 1.575.912 votos (38,61%). Assim como o de Décio Lima (PT), que fez 710.859 (17,42%) colado à campanha de Lula.

 

PREÇO DO AFASTAMENTO

Moisés viu que o afastamento de Jair Bolsonaro (PL), a quem devia a eleição de 2018, foi considerada traição pelo campo de apoiadores do presidente. Pelo caminho caíram João Bolsodória (PSDB), Wilson Witzel (PMDB) – que acabou indeferido, Joice Hasselman (PSDB).

Em Santa Catarina, o secretariado todo do governador que foi para a disputa fracassou. Além deles, outro bolsonarista que trocou o 22 pelo 44 foi Felipe Estêvão, que quase foi ao PTB para disputar cadeira federal. A “estratégia eleitoral” deu errado.

 

PTB COM JORGINHO MELLO

O Partido Trabalhista Brasileiro de Santa Catarina, presidido por Kennedy Nunes, quarto colocado como candidato ao Senado nestas eleições, declarou apoio no segundo turno à Jorginho Mello (PL), candidato ao governo do Estado.

Kennedy se encontrou com Jorginho, acompanhado do único deputado estadual eleito pelo PTB, o delegado da Polícia Civil, Egídio Ferrari, de Blumenau.

“A executiva estadual do PTB sempre esteve engajada na reeleição do presidente Bolsonaro (PL). E agora, por unanimidade, tomou a decisão em relação ao apoio à candidatura de Jorginho Mello ao governo do estado, por defendermos as mesmas bandeiras e posições sobre Santa Catarina” destacou Kennedy Nunes.

 

TOPÁZIO NETO COM MELLO

O prefeito da capital, Topázio Silveira Neto (PSD), manifesta apoio a Jorginho Mello (PL) no segundo turno para a disputa do governo do Estado. Topázio se encontrou nesta quinta-feira (06/10) pela manhã com Jorginho em seu comitê de campanha.

Jorginho comemora o apoio porque ficou em terceiro na votação da capital, com 68.874 votos (22,38%). O ex-prefeito Gean Loureiro (União Brasil) terminou em primeiro com 102.363 votos (33,26%), seguido por Décio Lima (PT), com 75.061 votos (24,39%). Com Topázio ao seu lado, Jorginho quer melhorar sua votação em Floripa e ainda espera pelo apoio de Loureiro, que ficou em 4º lugar.

 

FILHA DO LULA COM DÉCIO LIMA

O candidato ao governo de Santa Catarina, Décio Lima (PT), recebeu hoje a filha do ex-presidente Lula, Lurian Silva, na capital. Décio esteve acompanhado da esposa e deputada eleita Ana Paula Lima (PT), e da vice Bia Vargas (PSB).

A filha do Lula, Lurian, chega ao Estado, após o candidato Lula afirmar que vira a Santa Catarina no segundo turno. Ela participa de um evento com deputados, prefeitos, vereadores e lideranças estaduais para organizar a campanha Lula e Décio em Santa Catarina.

 

FUNDÃO ELEITORAL

Os candidatos que pregaram contra o uso do Fundão Eleitoral – Odair Tramontin (Novo) e Jorge Boeira (PDT) tiveram baixo desempenho nas urnas.

 

CONSTATAÇÕES

O estouro das urnas em favor com candidatos bolsonaristas (governadores, senadores, deputados federais e estaduais) deve dar fim a esta história de fraude nas urnas eletrônicas. Hora de virar o disco que já está chato.

 

ATENTO ÀS PAUTAS

O deputado federal eleito Zé Trovão (PL) teve o apoio de Adércio Velter em Araranguá e está atento às pautas regionais. Vai trabalhar pela oncologia no Hospital Regional e também por um posto de coleta de sangue em Araranguá.

 

TIME DO REAL

Depois de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o time que executou o Plano Real em seu governo declarou voto em Lula da Silva (PT). Depois de Henrique Meirelles (MDB) e Armínio Fraga, o ex presidente ganhou apoio de Pedro Malan, Edmar Bacha e Pércio Árida.

 

O PEDO DA MÁQUINA PÚBLICA

Apesar de Simone Tebet (MDB) e o PDT de Ciro Gomes terem declarado apoio a Lula, o presidente Jair Bolsonaro (PL) terá a sua disposição uma máquina pesada de campanha nos estados e municípios. Além de tudo que já foi liberado, a Caixa Econômica Federal acaba de lançar um plano de financiamento de débitos para pessoas físicas e jurídicas.

Por outro lado, o contingenciamento de recursos da Educação Federal deve atrapalhar os planos do Governo de ajudar o presidente em sua reeleição.

 

EM BUSCA DE APOIOS

O apoio de Michel Temer (MDB) a Bolsonaro (PL) ou Lula (PT) está condicionado a um agenda mínima de ações, que não deverá encaixar com nenhuma das duas candidaturas. Deverá ficar neutro, mas, também tem pouca influência a um ou a outro. Talvez seja mais importante este apoio no Estado de São Paulo, que junto com Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia está entre os 4 maiores colégios eleitorais.

A semana termina para Lula (PT) e Bolsonaro (PL) com apoio de governadores.

Enquanto Cidadania e PDT se aproximam de Lula, partidos como MDB, PSDB, Podemos, União Brasil deixam os filiados liberados para acertos estado a estado. O PSD, por ora, é a joia da coroa, mas deve seguir este mesmo caminho.