CHIODINI, O CABO ELEITORAL DE ANTÍDIO LUNELLI
Entre os deputados do MDB, pelo menos 2 deles são cabos eleitorais ferrenhos da candidatura de Antídio Lunelli (MDB): o presidente estadual Celso Maldaner, que é de Maravilha e que despede do parlamento; e o também deputado Carlos Chiodini, que está com apenas 40 anos e está em seu primeiro mandato na Câmara Federal.
Chiodini é natural de Jaraguá do Sul e tem se mostrado devotado à candidatura do ex prefeito de seu município natal.
Depois do ato de renúncia de Lunelli dia 2 de Abril cravou em suas redes sociais:
“A lotação do Teatro Scar com amigos e lideranças empresariais e políticas de todo o Estado dá a dimensão da transformação que o Antídio fez em Jaraguá do Sul. Deixar a prefeitura para seguir a caminhada como pré-candidato do MDB ao governo do Estado não é abandonar esse legado, mas sim retribuir o respeito, a confiança e o reconhecimento de todos os jaraguaenses com ainda mais empenho e boa gestão, agora se propondo a trabalhar por toda Santa Catarina. Vai com fé, meu grande amigo e parceiro. Estarei ao teu lado, como estive desde o início dessa jornada. Tenho certeza que hoje não foi o fim de uma história. Foi o primeiro passo para uma novo tempo”.
SOBROU ANTÍDIO
Quando iniciou o processo de construção das pré-candidaturas o MDB tinha Dário Berger, Celso Maldaner e Antídio Lunelli. Em um determinado momento, tal era o impasse, que chegou-se a cogitar até de lançar o trio para ocupar as vagas de governador, vice e senador, e buscar alianças com partidos que abriam mão de ocupar estes espaços. Sobrariam apenas a 1ª e 2ª suplências ao Senado Federal. Claro que isto não andou, e o partido custou a chegar a um acordo. Até porque a aproximação com o governador Carlos Moisés da Silva, antes sem partido, causou muitos desgastes ao partido. A bancada estadual praticamente inteira (9 deputados) queria fechar aliança com Moisés.
Com a filiação do governador ao Republicanos dia 10 de Março as coisas começaram a clarear. O MDB de Maldaner e Chiodini queria Lunelli, o de Paulo Afonso queria Berger. O presidente Celso Maldaner, que nunca foi candidato de fato, trabalhou pela candidatura de Lunelli e senador Berger deixou o partido pelo PSB.
Agora, o desafio de Lunelli é trazer a bancada para perto e tentar costurar uma aliança ampla.
O trabalho feito pelo grupo do governador Moisés foi no sentido de enfraquecer MDB, PP e outros aliados para conseguir, senão apoio integral, mas parcial a sua coligação que tem apenas (de forma oficial) Republicanos, Podemos e Democracia Cristã.
APOSENTADO DAS URNAS
O es deputado federal disse à coluna que está fora do jogo eleitoral. “Vou ficar sem filiação partidária, não vou mais disputar eleições. Mas, apoio o Dário (Berger, no PSB).
APENAS 2 RENÚNCIAS
Dia 25 de março, Emerson Stein (MDB) renunciou ao cargo de prefeito de Porto Belo. Reeleito em 2020 com mais de 80% dos votos, passou a ser pré-candidato a deputado estadual. Foram ele e Lunelli em Jaraguá do Sul os únicos prefeitos do MDB no estado que renunciaram para se colocar à disposição do partido para o pleito.
BOLSA ESTUDANTE
O Governo do Estado publicou o decreto que regulamenta o pagamento do auxílio em 11 parcelas mensais de R$ 568,00, retroativas a Fevereiro. O Bolsa Estudante já está aprovado também para 2023 e 2024. Têm direito os estudantes de famílias inscritas no CadÚnico até janeiro/2022, matriculados no ensino médio regular ou EJA. É preciso ter frequência escolar mínima de 75%. O edital será publicado nos próximos dias.
ANTI MOISÉS E ANTI PT
Em entrevista ao Programa Voz do Sul, na Post TV nesta quinta-feira (7), o ex deputado federal Paulinho Bornhausen (PSD) afirmou que o PSD lhe deu garantias de que não estará com Carlos Moisés nestas eleições, a quem qualificou como líder fraco. Apontou para Jorginho Mello (PL) como possível adversário no segundo turno em Santa Catarina.
Pré-candidato a deputado federal, Paulinho disse acreditar que a chapa com o União Brasil de Gean Loureiro e o PSD de Raimundo Colombo já é forte o suficiente para disputar as eleições, mas que acredita que virão outros partidos para composição. Não descartou nem o MDB, que no momento está isolado politicamente, nem citou o Progressistas de Esperidião Amin, que também está “desemparceirado” no momento.
Deu uma certeza sobre o segundo turno nacional: estará no palanque oposto ao do PT de Lula da Silva.
TUCANOS SEM BRILHO
Outro partido que está meio sem rumo depois que Gelson Merísio foi para o Solidariedade, que Clésio Salvaro ressuscitou uma possível eleição, e que não abriu espaço para Vinicius Lummertz buscar uma candidatura para dar palanque a João Dória em Santa Catarina, segue apenas com nomes que não são cotados para a chapa majoritária. O nome mais citado é da da deputada federal Geovania de Sá, que só pensa em buscar sua terceira eleição para o Parlamento Federal.
PSD DE ARARANGUÁ DIVIDIDO
Embora não digam em público, lideranças do PSD de Araranguá tem dito em privado que o partido está rachado em pelo menos duas alas. A ala do vice-prefeito Tano Costa está ligada diretamente ao deputados estadual Júlio Garcia e federal Ricardo Guidi, que disputam a reeleição. Outras lideranças estão noutro campo.
Um exemplo é o vereador Paulinho de Souza (PSD), que tinha acertado que iria ficar 7 meses fora da Câmara de Vereadores para abrir espaço para os suplentes. Por causa deste novo momento do partido, Paulinho recuou e voltou para o Poder Legislativo.
Ele iria atuar diretamente na eleição da chapa Garcia/Guidi, mas recuou.
Outro ponto que tem gerado discordância é indicação de 2 suplentes dos Progressistas, Jacinto Dassoler para a diretoria de Agricultura, e Paulo Roldão para diretoria de Obras, para atuar no governo.
CONVITES PARA COORDENAÇÃO
O pré-candidato a deputado federal Paulinho Bornhausen (PSD) deve procurar o Procurador. Giancarlo Soares de Souza, que está no Samae de Araranguá, será convidado a coordenar a campanha Paulinho na Amesc e o delegado Ulisses Gabriel, que foi candidato a estadual em 2018 e está em Urussanga, deverá atuar na região da Amrec.
SAI A TERCERIA VIA?
Por ora, as pesquisas divulgadas até agora não emocionam ninguém quando o assunto é tentar uma chapa para tentar sair da polarização Lula (PT) x Bolsonaro (PL).
Sentaram na mesma mesa MDB (Baleia Rossi), União Brasil (Luciano Bivar), PDSB (Bruno Araújo) e Cidadania (Roberto Freire) – este 2 últimos em federação, para tentar dar um respiro para a chamada 3ª via.
Querem trazer no time Ciro Gomes (PDT) e Felipe D’ávila (Novo), sem Sérgio Moro (União Brasil), porque este tem muitas resistências.
O fato é que em Santa Catarina União Brasil, MDB e PSDB podem até namorar, mas o Cidadania, mesmo federado, deve estar com Jorginho Mello (PL).