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Tabuleiro ainda espera Moisés; Merísio e Dário perto da esquerda; e muito mais

MOISÉS STAND BY

Expectativa para a próxima reunião da Executiva do MDB que deve acontecer depois do feriadão do “Carnaval”. Há ainda a esperança de o governador Carlos Moisés da Silva (sem partido) ainda posse se filiar ao partido para disputar a reeleição.

Na conversa com os deputados da bancada emedebista ouviram de Moisés que ele ainda não definiu seu destino político, e ainda apontou o caso das federações entre partidos, que ainda pode colocar MDB e União Brasil em um mesmo bloco. PSDB e Cidadania já fecharam questão. Antes de definir esta federação, os tucanos estavam dialogando com MDB e União Brasil.

Enquanto o governador não se definir o tabuleiro político não se move, mas o pré-candidato Antídio Lunelli, do MDB, que esteve reunido com os deputados e com o ex governador Eduardo Moreira, segue autorizado a se movimentar e tentar de garantir como nome ao Governo do Estado.

 

DÁRIO SEM CLIMA

Na entrevista de quinta-feira à Post TV, no Programa Voz do Sul, Eduardo Moreira disse que Dário Berger não tem mais clima no MDB após suas ameaças seguidas de deixar o partido, depois de muitas provocações.

Ele mesmo havia dito ao senador que ele deveria ter feito um trabalho nas bases, para ser o escolhido pelo MDB, já que ele não conhece o Estado.

 

RAZÕES DE MERÍSO

Sobre a aproximação de Gelson Merísio do PT de Lula, Eduardo disse que se trata de uma associação estranha, mas que o fato do ex deputado ser representante da JBS (Grupo J & F) em Santa Catarina como explicação.

As ligações da JBS implodiu no governo do PT durante a Operação Lava Jato, mas tinha doações empresariais em 2014 a partidos e políticos de todo o país.

 

TUCANOS EM BAIXA

Em Santa Catarina, a forma com que se deu a saída de Merísio do PSDB deixa ainda mais fragilizada a posição do partido. O partido escolheu em sua maioria apoiar Eduardo Leite nas prévias contra João Dória, e perdeu. Merísio ‘enganou’ o partido por meses dizendo que se mantinha pré-candidato ao governo e ainda saiu para ficar perto de Lula do PT, adversário histórico.

Merísio já havia perdido em 2018, quando passou em 1º, mas diminuiu a votação no segundo turno – e derrotado, trocou o PSD pelo PSDB; perdeu quando apoio Daniela Reinehr (PL), que queria ficar governadora em lugar de Carlos Moisés (ex-PSL); e perdeu agora com Leite para Dória.

O PSDB perdeu precioso tempo e está fragilizado para as eleições, o que pode implicar em dificuldades em suas eleições. A federação com alguém além do Cidadania, poderia ser um presente neste cenário.

 

DÁRIO-ALCKMIN

A conversa de Sábado (26) do ex-governador Geraldo Alckmin (ex-PSDB) foi um sinal de que Dário Berger deve mesmo ir para o PSB, e mais uma espécie de ‘pedido de apoio’ ao seu projeto ao provável vice de Lula (PT) nestas eleições. Na conversa, falaram sobre a reconstrução do país, bandeiras das próximas eleições, como desenvolvimento econômico e social, a geração de emprego, luta pela democracia, liberdade e justiça social, o que mostra em que campo ambos querem estar em 2022.

Conforme Berger, Alckmin o teria incentivado a ser candidato a governador de Santa Catarina. Em sua conta do tweeter o senador publicou uma série de frases de efeito.

O fato é que Dário ainda não saiu do MDB porque não há garantias de que ele seria o nome da Frente Democrática que irá dar palanque a Lula (PT) e Ciro Gomes (PDT) no estado.

 

CADEIRA A FEDERAL

O secretário de Articulação Nacional Lucas Esmeraldino está filiado ao Republicanos desde 2020 e aguarda a definição do destino político de Carlos Moisés da Silva (sem partido) para definir seu caminho partidário nestas eleições. Deverá disputar uma vaga a deputado federal. Aliado de Moisés, segue como defensor do presidente Bolsonaro.

Diferente de 2018, quando era figura central nas definições do PSL, agora não está participando das decisões do governador, que tem um grupo com quem dialoga.

O que é dito é que Moisés houve as opiniões, como a do Coronel Tasca, mas que as definições são pessoais.

 

POR QUE NÃO O MDB?

Mesmo depois da reunião de Carlos Moisés com o MDB, o governador segue com a estratégia de estar num partido menor em busca de partidos maiores como MDB e PP.

O governador quer medir sua aceitação pessoal diante da população e a ida para um partido grande (MDB, PP, PSD…) poderia ser vista como vitória do partido e não reconhecimento do seu trabalho.

De fato, Moisés quer se libertar da pecha de 2018, de que foi eleito por causa da onda que elegeu Jair Bolsonaro (ex PSL) presidente. Num partido menor, Moisés teria como avaliar seu real tamanho político.

 

DNA DO MOISÉS

Depois de eleito com Bolsonaro em 2018, o governador fez questão de mostrar que tem suas posições próprias. Sua postura tem mesmo sido e liderança de centro, o que custou ter próximo de si apenas 1 deputado estadual (Omir Mocelin, no Republicanos) dos 6 eleitos; e nenhum federal dos 4 eleitos.

O descolamento de Bolsonaro e a discordância de pautas ditas conservadoras afastou logo no início de 4 dos 6 deputados estaduais.

Os 2 pedidos de impeachment abertos na Alesc foram a senha para Moisés se aproximasse dos outros partidos, com articulação do deputado estadual Júlio Garcia (PSD).

 

PSL IMPLODIU

Apenas Ricardo Alba ficou no União Brasil com fusão PSL/Democrata; Felipe Estêvão irá ao PTB; Jessé Lopes, Ana Campagnolo irão ao PL ou PTB; Sargento Lima foi ao PL; Coronel Mocelin foi ao Republicanos.

Entre os federais, Schiochet foi para o União Brasil; Coronel Armando, Carolina de Toni e Daniel Freitas avaliam ida para o PL, para onde já foi a vice governadora Daniel Reinehr.

Carlos Moisés ficou sem partido no segundo semestre de 2021 ao deixar o PSL e sua filiação deve acontecer nos próximos dias.

 

CORVO BRANCO

O governo do Estado de Santa Catarina publicou a licitação para escolha da empresa que irá elaborar o projeto de um novo traçado para a SC-370, incluindo túnel para transposição da Serra do Corvo Branco, obra que irá beneficiar o turismo e o escoamento da produção. O projeto prevê duas vias: uma cênica, que é a já existente e cujo trecho que ainda não é pavimentado está em obras; a outra pelo futuro túnel, uma solução logística para transporte de cargas, veículos pesados.