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Região tem mais de 270 guarda-vidas para veraneio mais seguro

Além da orla marítima, outros pontos de água doce também serão monitorados, porém, ainda falta consciência de veranistas para não correr perigo em locais não guarnecidos

Região

Mais de 270 guarda vidas, entre civis e militares, já estão atuando nas praias da região sul do estado. Conforme o Tenente do Corpo de Bombeiros, Ricardo Bianchi, responsável pelos guarda-vidas na orla de Balneário Gaivota e Passo de Torres, o objetivo da Operação Veraneio se mantém: concluir mais uma temporada sem mortes por afogamento em áreas guarnecidas. “Esse é o nosso foco e é por isso que trabalhamos sempre”, diz.
A estrutura dos guarda-vidas continua a mesma, com algumas pequenas mudanças. Segundo Bianchi, se houver necessidade pode haver a realocação dos socorristas, porém, não há falta de guarda-vidas e existe uma constância de trabalho. “Tem um número padrão de guarda-vidas como nas outras temporadas”, acrescenta.
Trabalham nas praias e em alguns pontos de água doce cerca de 258 guarda-vidas civis e 28 militares, distribuídos em 68 pontos desde Balneário Rincão até Passo de Torres, na divisa com Rio Grande do Sul.

Mais consciência

Apesar de todo o trabalho nas mídias e imprensa para incentivar a conscientização das pessoas sobre se banhar apenas onde há guarda-vidas, ainda há quem se arrisque em áreas perigosas e sem segurança. De acordo com Bianchi, existe quem busca locais mais calmos para veranear, e isso tem um lado negativo. “As pessoas estão mais conscientes, mas há quem prefere áreas mais distantes para se banhar, e isso dificulta o nosso trabalho”, comenta.
Em locais mais isolados, como rios ou lagoas não guarnecidas, o Corpo de Bombeiros costuma colocar sinalização visual alertando sobre o perigo de mergulhar na área. Um destes pontos é no Rio Araranguá, próximo à ponte Giácomo Mazzuco. “Ali está escrito que é proibido nadar, que há perigo de afogamento. Não dá para colocar guarda-vidas em todos os pontos, mas sinalizamos aqueles em que há mais movimento, com a devida orientação”, explica.

Número adequado

Anualmente, 40 vagas de formação para guarda-vidas são ofertadas, e sempre sobram algumas por preencher. De acordo com o tenente, isso não quer dizer que faltam guarda-vidas. O número alcança o necessário para manter o ritmo de trabalho, com respeito ao esquema de folgas. “Conseguimos empregar um número bom de guarda-vidas, com os recursos que recebemos. Se tivéssemos mais recursos e mais guarda-vidas, porém, seria melhor para dar mais folgas e não ficar tão exaustivo. No entanto, temos guarda-vidas suficientes para tocar até o fim da temporada”, diz.
Em todas as praias há dois guarda-vidas militares trabalhando diariamente, e os outros de plantão são civis, conforme a necessidade. Os militares são os responsáveis por acompanhar os trabalhos, fazerem rondas de quadriciclos e resgate com moto aquática. Já os civis ocupam os postos para monitorar e manter a segurança dos banhistas de forma mais capilarizada. “É um número que varia a cada dia, porque precisamos fazer o controle de recursos, e priorizamos os fins de semana e período de férias”, encerra.