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Polícia Civil encerra três inquéritos da Operação Hera

Investigações apuraram diversos crimes, como peculato, fraude processual e obstrução de justiça

Urussanga

Depois de dois inquéritos finalizados, um terceiro foi encerrado pela Polícia Civil após a Operação Hera, deflagrada em Urussanga. Neste terceiro documento, os policiais indiciaram um vereador e um diretor por peculato culposo e fraude processual. Os dois já foram afastados por ordem judicial.
Conforme as investigações, tudo começou quando o motor de uma retroescavadeira do município, que estava desmontado, teria sido furtado do próprio depósito de Urussanga.
O veículo teria sido deixado com o motor desmontado após problemas em 2019, e por decisão do gestor da Agricultura, se tornou inservível e foi deixado no Parque Municipal, em uma área sem vigilância.
Com as investigações em andamento, os agentes perceberam que não havia uma gestão competente e adequada dos bens, visto que sem qualquer documentação ou cuidado legal, os gestores utilizaram partes do veículo, não registraram o sumiço das peças e nem sabiam se os equipamentos foram furtados ou extraviados.
Ao verem o avanço das investigações, os dois gestores combinaram suas versões para imputar outras pessoas pela negligência com a máquina. O ato configurou obstrução de justiça, além de haver peculato culposo.

Os dois primeiros inquéritos

Antes deste, a Polícia Civil concluiu os dois primeiros inquéritos da operação ‘Hera’, de um total de nove.
Os inquéritos apuraram crimes de peculato e fraude processual e provas colhidas nas investigações da operação policial foram utilizadas. No primeiro inquérito concluído, um vereador afastado e servidor do Samae foi indiciado por fraude processual, por ter obstruído a atuação da Justiça em inquérito policial que investigou o uso indevido de um veículo do Samae para fins particulares.
Já no segundo inquérito concluído foram indiciadas duas pessoas por peculato e apropriação. Um deles, vereador afastado e servidor do Samae, foi acusado de 10 crimes de peculato em concurso material e outro, ex-diretor do mesmo serviço, foi indiciado por 1 crime de peculato em concurso com o primeiro indiciado.
As provas indicam, em tese, o uso indevido e para fins particulares, de uma retroescavadeira pertencente ao Samae de Urussanga. O ex-diretor já foi denunciado pelo Ministério Público de Santa Catarina por crimes de peculato, dirigir sob efeito de álcool e falsidade ideológica, com base em inquérito que apurou o uso indevido de um veículo do serviço.
O afastamento cautelar dos indiciados foi pedido, visto que estão sendo apurados outros fatos em inquérito policial. As penas do crime de peculato variam de 2 a 12 anos de reclusão e multa. Já as penas do crime de fraude processual variam de 3 meses a 2 anos de detenção e multa.