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SC possui a menor taxa de desemprego do Brasil, afirma IBGE

Pesquisa da PNAD Contínua liberada pelo IBGE nesta semana mostrou também como se deu o crescimento de vagas nos setores de emprego catarinense.

As taxas de desemprego em Santa Catarina caíram 5,3% no terceiro trimestre de 2021. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a taxa é a menor do país e a mais baixa que o Estado já registrou desde 2016.

O apontamento foi levantado pela PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) e divulgado pelo IBGE na última terça-feira (30). Segundo o IBGE/SC, a desocupação recuou 0,5% entre o segundo e o terceiro trimestre do ano.

A queda de desempregos na passagem dos trimestres corresponde a 21 mil pessoas a menos sem trabalho formal em Santa Catarina.

Os números podem ser confirmados também pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência.

Eles mostram que o Estado gerou um saldo positivo de 187.147 postos formais de trabalho em 2021, admitindo 120.713 pessoas nas empresas disponíveis. No acumulado dos últimos 12 meses, Santa Catarina acumulou 200.882 vagas de emprego, sendo 69.670 novas oportunidades.

Terceiro lugar no país em criação de vagas

Ainda em outubro, o Estado abriu 17.713 vagas. Em termos gerais, Santa Catarina está em terceiro lugar na criação e colocação de vagas formais entre as unidades federativas do país. Somente neste trimestre, o Estado tinha 3,92 milhões de pessoas aptas a trabalharem, sendo que 3,71 estavam empregadas.

“A manutenção do emprego é peça chave no enfrentamento deste período e representa a força que faz a roda da economia girar. É fundamental trabalharmos de maneira justa, pela saúde das pessoas e pelas oportunidades no mercado de trabalho”, comentou o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Luciano Buligon.

Comparação com 2020

Quando em comparação com o terceiro trimestre de 2020, é visível como a taxa de desocupação caiu. No último ano, ela registrava 6,7% de pessoas sem emprego em Santa Catarina. A pesquisa indicou que a pandemia de Covid-19 foi um dos motivos para o alarmante número de desemprego.

O percentual representa ainda uma redução de 18,2% no número de pessoas desempregadas em comparação com 2020. Em âmbito nacional, a taxa de desocupação está em 12,6%, 1,6 ponto percentual a menos que no ano anterior.

Setor de serviços alavancou a criação de vagas

Em Santa Catarina, a criação de vagas foi impulsionada principalmente pelo setor de serviços, que criou 8.840 postos de emprego somente em outubro deste ano. Destas, o setor de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas liderou, com 3.835 vagas.

Na segunda posição, fica o setor da indústria geral, com 2.544, e por fim o setor de alojamento e alimentação, com 1.776 vagas criadas no antepenúltimo mês do ano. O setor do comércio também aumentou as suas vagas, com a abertura de 4.330 espaços formais.

No panorama da indústria geral, houve um saldo positivo de 2.544 vagas criadas. A agropecuária proporcionou emprego para 1.131 pessoas e a construção para 868. Na indústria da transformação, o saldo de vagas ficou em 2.485, o quarto maior referente à geração de empregos em outubro.

Na questão dos municípios, em outubro aqueles que tiveram melhores resultados em Santa Catarina foram os de Florianópolis, com a criação de 2.492 vagas de trabalho, São José com 1.256 vagas criadas, e por fim, Jaguaruna, com 1.051 vagas.

Retomada da economia “pós pandemia”

Com a retomada dos eventos e a redução dos casos de Covid-19, o mercado de trabalho voltou a crescer tanto em Santa Catarina, quanto no Brasil. O comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios registrou um aumento de 534 novas vagas.

Ele foi seguido pelo comércio varejista de mercadorias em geral, com 447 novas vagas no mês de outubro. A expansão gerou resultados também na indústria de confecção e fabricação de produtos alimentícios. Juntas, elas geraram 1.175 novas vagas, sendo favorecidas pelas vendas de fim de ano.

Rendimento decaiu

A queda de desocupação empregatícia em Santa Catarina foi acompanhada por mais uma queda, mas não tão boa quanto a primeira. Isso porque o rendimento habitual de todos os trabalhos caíram para R$ 2.817.

No mesmo período em 2020, o valor era de R$ 2.981. Além disso, o trabalho informal aumentou em 0,8 ponto percentual em relação ao último trimestre entre os catarinenses. O Estado tem atualmente 988 mil pessoas nesta condição.

Parte desses números são mantidos pelos trabalhadores domésticos que não possuem carteira assinada, contabilizando sete mil até o presente momento. Ainda, o setor privado sem carteira assinada mantém 15,3% da informalidade em Santa Catarina.

Os trabalhadores próprios, que não possuem CNPJ, contabilizam 4,3% do setor informal. O relatório completo da PNAD pode ser acessado neste link. Nele, estão disponíveis informações em âmbito nacional, e também dos outros Estados brasileiros.

Fonte: ND+