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Covid-19: “Eu tô destruído”, afirma enfermeiro, estudante de medicina, que cometeu erro ao vacinar idosa em Araranguá

Araranguá SC –  Paulo Monteiro – Especicial Post TV, Portal 4Oito e Rádio Som Maior

 

O caso de um erro de vacinação contra a Covid-19 em Araranguá ganhou repercussão nas redes sociais na tarde desta segunda-feira, 24. No momento de imunização de uma idosa, o enfermeiro e estudante de Medicina, Jean Patrício, inseriu a agulha mas acabou não pressionando a seringa, não aplicando a dose. A situação, que foi filmada, ganhou grande repercussão, e o profissional afirma estar muito abalado.

Viraliza vídeo que aponta suposta falsa aplicação de vacina contra a Covid-19 em Araranguá

 

Em conversa com o jornalista Everaldo Silveira, Jean falou sobre o ocorrido.

“Não estou em condições, eu tô destruído, Trabalhei mais ou menos umas 10 vezes nessa campanha”, disse. “Eu não vi [que não aplicou a dose], não percebi. Se tivesse visto teria ido atrás, teria revirado a cidade atrás da mulher”, completou.

O jovem estudante ressalta ainda que estava de férias da faculdade e que trabalhou na campanha de vacinação de forma voluntária. Quando questionado se sabia que estava sendo filmado, ele afirmou:

“Vi sim [que estavam filmando]. Todos querem filmar o ato. Eu sempre mostro a seringa para a câmera, mostro a dose”.

Jean chegou a ligar, inclusive, para a neta da idosa que estava para ser vacinada durante a gravação do vídeo. Na ligação, ele destaca que pediu perdão e “milhões de desculpas” pelo ocorrido.

“Eu me assustei com a senhora. Ela tem Alzheimer, pelo que a família falou. Foi um lapso, pelo amor de Deus, eu juro por tudo que é mais sagrado”, disse. “Eu trato com maior carinho, tento fazer o melhor, fui trabalhar de coração, para ajudar”, pontuou.

Circulam áudios pelas redes sociais de pessoas falando sobre uma possível “venda de vacinas”. A situação foi negada com veemência pelo estudante, que argumenta ao dizer que foi uma grande mentira.

“A vacina tem 10 minutos para ser aplicada depois de aspirada da ampola. Não tem como sair dali depois de aspirada. A partir do momento que a dose é aspirada da ampola pelas enfermeiras, a gente pega lá e têm 10 minutos para aplicar no paciente. Como é possível vender isso? Não tem cabimento”, destacou.

 

A conversa foi relatada também no programa Conexão Sul:

https://www.facebook.com/watch/?v=491238025537753