O tão temido colapso na saúde pública catarinense parece ter chegado, nas palavras do secretário estadual de Saúde, André Motta Ribeiro. Em ofício encaminhado aos 295 secretários municipais de saúde do estado nesta quarta-feira, dia 24, o secretário alertou para a manutenção dos estoques de insumos, principalmente os relacionados aos “kits intubação”, oxigênio e equipamentos de proteção individual. Ele ainda chamou atenção para a necessidade do isolamento social. “Preciso informar a todos que a situação da pandemia deteriorou no Estado todo e, a exemplo do que acontece nas regiões mais a Oeste, estamos entrando em colapso! Todos os esforços de Estado e municípios, até então, são insuficientes em face à brutalidade da doença”, declarou.
Motta solicitou que os gestores municipais tomem medidas para diminuir a circulação de pessoas e fortaleçam o combate na linha de frente. “Solicito aos gestores municipais que tomem medidas emergenciais para diminuir significativamente a circulação das pessoas, mantendo apenas serviços essenciais e que convoquem toda a força de trabalho da Saúde para o enfrentamento. Estamos mobilizados para fazer todo o possível para diminuir sofrimentos impostos às pessoas, mas a força e gravidade deste momento estão suplantando o resultado das nossas ações”, disse.
Novas medidas mais restritivas foram decretadas pelo governo do estado a partir desta quinta-feira, dia 25, até o dia 15 de março, determinando que o transporte coletivo só pode circular com 50% da capacidade, as casas noturnas devem permanecer fechadas, postos de combustíveis e lojas de conveniência não podem vender bebida alcoólica das 24h às 6h, limitando o horário de funcionamento de academias, entre outras medidas.
Nesta quarta, apenas 27 leitos de UTI estão vagos em todo o estado para tratamento do vírus.
Confira a mensagem do secretário na íntegra:
“Bom dia!
Preciso informar a todos que a situação da pandemia deteriorou no Estado todo e, a exemplo do que acontece nas regiões mais a oeste, estamos entrando em colapso!
Todos os esforços de Estado e municípios, até então, são insuficientes em face à brutalidade da doença. Infelizmente, percebesse fenômeno similar no resto do País. Solicito aos gestores municipais que tomem medidas emergenciais para diminuir significativamente a circulação das pessoas, mantendo apenas serviços essenciais e que convoquem toda a força de trabalho da Saúde para o enfrentamento. Estamos mobilizados para fazer todo o possível para diminuir sofrimentos impostos às pessoas, mas a força e gravidade deste momento estão suplantando o resultado das nossas ações.
André Motta Ribeiro
Secretário de Estado da Saúde de SC.”
