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Orgânicos ganham espaço em busca de mais saúde durante a pandemia

A pandemia tem despertado em algumas pessoas o desejo por uma vida mais saudável. Com isso, as academias estão sendo mais visadas e as frutas orgânicas estão ganhando mais espaço.

É o que tem percebido o comerciante e produtor de frutas orgânicas em Timbé do Sul, Pedro de Araújo Generoso. Segundo ele, antes da pandemia o ritmo de produção e vendas era estabilizado, variando de 20 a 25% de alta ao ano. Agora, isso mudou. “Quando começou a quarentena, deu uma estabilizada, fechou um pouco os mercados. Mas depois foi voltando ao normal. Hoje a gente viu que deu um crescimento, e nós temos a expectativa de que vá aumentar mais ainda. Pelo que percebemos nessas semanas de que a pandemia aumentou, o consumo aumentou um pouquinho”, explica.
Ele tem uma venda ampla em todo o estado e norte do Rio Grande do Sul, onde oferta bananas, ovos, citrus, pitaya e até cogumelos, tudo sem qualquer aditivo químico. 
Com variedade e qualidade, ele vê o mercado crescendo cada vez mais. “O pessoal está olhando mais a própria saúde, procurando um produto orgânico, pensando ‘aconteceu a pandemia e a gente tá em risco’, e isso tá ajudando muito, aumentando o consumo do orgânico”, continua.
Atuando no mercado há bastante tempo, seu Pedrinho vem percebendo que os produtores também estão buscando mais as culturas orgânicas. A própria Ecovida, que certifica as propriedades livres de agrotóxicos, está em amplo crescimento. “Tem vários pontos em Jacinto Machado, Santa Rosa do Sul, Praia Grande, tem muita gente trabalhando nesse sistema”, relata.
Para manter a excelência e a segurança alimentar, longe de qualquer substância química, é feito um trabalho contínuo de capacitação dos agricultores do grupo, além de investimento nas propriedades e orientações na gestão das propriedades. 
Todo esse cuidado se reflete em uma produção de qualidade, vendas rentáveis e mais renda para os agricultores. “Se o produtor acreditar e trabalhar nesse sistema, ele consegue ter uma rentabilidade bem maior no mesmo espaço de terra”, argumenta.
Mais exercícios
Já não é mais segredo para ninguém que uma boa saúde é fruto de uma boa alimentação aliada a uma rotina de exercícios. Por isso, as academias também poderão lucrar caso essa onda de mais cuidados com a saúde chegue aos personal trainers. O que Edipo Merêncio, personal trainer tem percebido até o momento, é que o receio da contaminação pode atrapalhar quem deseja se movimentar. “Existem 2 tipos de procura: Aquele aluno que é muito fiel à academia e com o seu corpo (saúde e estética) e o aluno que procura academia somente visando saúde. O aluno que visa saúde e estética está a todo vapor treinando e se motivando dia a dia e o aluno que visa somente saúde está com medo de ir à academia e tem dado essa justificativa para não treinar”, explica.
Ainda segundo ele, no início da pandemia, o fechamento necessário dos estabelecimentos acabou gerando o adoecimento de muitas pessoas pela falta de exercícios físicos. Assim que as atividades voltaram ao normal nas academia, os praticantes voltaram e hoje, como já ocorre todo ano, o movimento melhorou. “Com todo cuidado, as pessoas estão retornando gradativamente (os mais jovens), o pessoal do grupo de risco ainda está se privando de exercícios físicos e estão ficando em casa. As academias têm aumentado o número de praticantes”, comenta.
Ainda é cedo para dizer se quem está buscando as academias neste momento vai continuar praticando exercícios depois da pandemia, mas Edipo concorda: a doença trouxe a sensação de que a saúde precisa ser mais valorizada. “Os exercícios físicos aumentam a autoestima, diminuem a ansiedade, melhoram o sistema cardiorrespiratório, reduzem o estresse, combatem a depressão, entre muitos outros benefícios. Além disso, a Covid-19 tem relação com as doenças crônicas que a falta de exercício traz! Então, o exercício físico é fundamental no combate ao coronavírus”, conclui.